Alívio do estresse — A jardinagem tem o poder de fornecer uma pausa, muito bem-vinda, em nossas vidas cada vez mais dominadas pela tecnologia. Cientistas descobriram diferenças significativas de humor ao comparar a resposta dos participantes de uma pesquisa, a duas tarefas: trabalhar em um computador e transplantar. A pesquisa, liderada pelo Centro Médico da Universidade Vrije, na Holanda, mostrou que o simples olhar para uma imagem de uma paisagem verdejante induzia o relaxamento, em contraste com a visão de paisagens urbanas. Conheça algumas conclusões desse estudo:
Fortalecimento das conexões — Praticar a jardinagem promove uma sensação de aterramento, pois ajuda a nos reconectar com nossas raízes como seres humanos. Geralmente, as pessoas experimentam um sentimento mais profundo de pertencimento e conexão com a natureza, e isso não é pouca coisa: a maioria das pessoas desconhece algo tão básico quanto a origem dos alimentos que ingere, por exemplo. Portanto, a oportunidade de cultivar sua própria comida — mesmo que você esteja “apenas” cultivando ervas, é um ganho e tanto. Esse senso se aplica também à esfera social, ao ajudar a fortalecer sua conexão com os outros, de conhecer pessoas com os mesmos interesses.
Presença total — É importante se dedicar com atenção plena, pois você precisa se concentrar no que está fazendo e, então, se deleitar com a beleza ao seu redor. Todas as tarefas relacionadas à jardinagem (como escavar, podar ou remover ervas daninhas) nos levam a focar na tarefa, sentir a terra nas mãos. Estar inteira ali, vivendo o presente, esquecendo as preocupações, ainda que apenas por aquele momento.
Um propósito — Isso acontece quando você se envolve diretamente em algo prático e pode ver o resultado final do seu esforço. Há um senso de orgulho e validação na escolha de plantas, ervas e flores que o fazem feliz e o orgulho que você sente por nutri-los. Estudos mostram que a jardinagem causa um aumento nos hormônios do bem-estar, como dopamina e serotonina, pois ajudar no crescimento das plantas estimula nossa identidade como nutridores.
Alzheimer — A jardinagem está relacionada à melhor função cerebral e à melhor concentração e memória. Alguns estudos descobriram que ele pode até reduzir o risco de Alzheimer e demência. Um estudo de longo prazo realizado na Austrália com três mil adultos por 15 anos, acompanhou a incidência de todos os tipos de demência e avaliou vários fatores de estilo de vida. Os pesquisadores concluíram que a jardinagem diária promoveu a redução de risco para demência em mais de um terço — 36%.
Sistema imunológico — Jardinar ao ar livre significa ficar exposto à luz natural, o que fortalece o sistema imunológico. Curiosamente, também foi sugerido que a sujeira que você retém sob as unhas, enquanto mexe com a terra, pode ajudar a aumentar a imunidade. Ficou demonstrado que o Mycobacterium vaccae, uma bactéria do solo chamada 'amigável', comum na sujeira de jardins, alivia os sintomas de alergias, asma e psoríase, que podem resultar de um sistema imunológico enfraquecido. Portanto, aproveite para sujar as mãos, com vontade.
Resumindo, a jardinagem é um antidepressivo natural que pode ter um poderoso efeito de redefinição em nossas mentes e corpos. Esta é uma atividade muito acessível e que requer pouco investimento: se você tem uma varanda, um peitoril na janela ou até mesmo um espaço suspenso em sua casa, comece a jardinar e experimente uma sensação gostosa de bem-estar.
(Fonte: www.agroflores.com.br)
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