No Dia da Saudade, friburguenses falam do que sentem mais falta

Abraçar os amigos e passear por aí sem máscara estão entre as respostas mais ouvidas nas ruas por A VOZ DA SERRA
sábado, 30 de janeiro de 2021
por Thiago Lima (thiago@avozdaserra.com.br)

 

…Um sentimento que todo mundo já experimentou e que músicos, poetas, artistas em geral expressam em diferentes formas. De acordo com o Dicionário Aurélio, a saudade é: “Substantivo feminino: Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoas ou coisas distantes ou extintas, acompanhada do desejo de tornar a vê-las ou possuí-las; nostalgia.”

Palavra dada para definir este sentimento confuso e como já dizia um pensador “que nunca acaba”  — e que só existe na língua portuguesa, onde qualquer mísera tradução não consegue definir perfeitamente tal sensação. 

Nesses últimos tempos, devido ao isolamento social provocado pela Covid-19, a saudade ficou mais forte para a população  — mais ainda para os brasileiros, calorosos por natureza. E é saudade de diversos tipos: de sair com os amigos para um happy hour,  encontrar com a família para aquele afetuoso almoço de domingo, de um encontro mais caloroso com algum parceiro naquele restaurante especial, ou até mesmo de ir com seu cachorrinho até a esquina, tranquilamente. 

A equipe de VOZ DA SERRA percorreu as ruas da cidade para saber dos friburguenses do que eles sentem mais saudade neste período de incertezas e isolamento.

Layla Queiroz relata que sente saudade de “abraçar os amigos, viajar com a família, sair…” Carlos Roberto sente falta de  “bater aquela pelada com os amigos, de estar junto, em um churrasco, naquele momento de alegria." 

Já Fernando Santos disse que sente saudade de visitar a avó. “Ela é idosa, tem AVC, vários problemas de saúde e eu trabalho na rua. Então, não tenho como ir na casa dela por receio de transmitir Covid-19. Do que eu mais sinto saudade é disso”, relatou. 

Gabriela Gonçalves está com saudade de sair do colégio e ir para a rua tirar fotos das paisagens de Friburgo. “Eu fiquei muito triste, muito mal com isso. A quarentena mexeu muito comigo pois eu amo Nova Friburgo, aqui tem lugares maravilhosos para você conhecer, tirar fotos. Eu quero mandar um beijo e um abraço para a minha bisavó que mora em Cordeiro, faz anos que eu não vou lá e eu estava querendo ir ano passado mas não pude por causa dessa pandemia. ‘Dona Ivanir, eu sinto muitas saudades da senhora, você é muito importante para mim. Não vejo a hora de poder te abraçar, te beijar, ter contato e aglomerar com segurança, com todo mundo vacinado’. É isso que eu quero muito”, ressaltou. 

Já dona Arlete de Azevedo sente saudade de sair por aí sem máscara. “O que eu mais sinto saudade é de poder tirar essa máscara do rosto, não só eu, todo mundo, né? Acho que todo mundo pensa nisso. Andar com a cara ‘destapada’... o resto a gente vai esperar a vacina curar”, disse. 

 

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