Na onda de máscaras de clubes de futebol, Friburguense ganha versão

Acessório do Frizão pode ser encontrado e adquirido pela internet
terça-feira, 12 de maio de 2020
por Vinicius Gastin
A máscara tricolor do Frizão
A máscara tricolor do Frizão

Em tempos de pandemia, as máscaras estão se tornando um acessório para quem precisa ir às ruas. E a tendência é que a recomendação se torne obrigação em Nova Friburgo, não só nos estabelecimentos comerciais, industriais e transportes públicos, conforme já manifestou o prefeito de Renato Bravo. Em algumas cidades essa determinação já vigora, e acompanhando a tendência, a criatividade toma conta dos fabricantes destes equipamentos de proteção.

Enquanto a bola não volta a rolar pelos gramados do país, os torcedores aproveitam para manifestar a paixão pelos times de coração também no desenho das máscaras. Os apaixonados pelo Friburguense também passam a ser incluídos neste contexto. A iniciativa “Máscaras do Bem” está produzindo o equipamento com as cores e o símbolo do Tricolor da Serra. O modelo lembra bastante o desenho da camisa de jogo número dois, com o azul, vermelho e o branco distribuídos por linhas verticais.

“Eu e o Felipe Peixe fizemos um instagram, que se chama “Do Bem Máscara”. Ele tem uma confecção, que estava parada, e eu trabalho no ramo de eventos, que também está parado e deve ser um dos últimos a retornar. Pensamos em uma maneira de ajudar as pessoas e manter o emprego dos funcionários da confecção. Nós observamos todos os times fazendo, e então pensamos no Friburguense por ser o clube da cidade. O Frizão é o nosso orgulho, maior divulgador do município”, explica Bruno Pedretti, um dos idealizadores da iniciativa.

As máscaras de tecido estão sendo usadas pela população brasileira que trabalha em serviços essenciais ou precisa sair de casa, como por exemplo para ir ao mercado e a farmácia. Pensando assim, várias equipes, das mais variadas modalidades, decidiram criar máscaras personalizadas com seus respectivos escudos, para deixar o torcedor, além de protegido, em dia com a paixão pelo time.

No Rio de Janeiro, por exemplo, o Flamengo disponibilizou no site oficial o escudo do time para ser baixado e comercializado. Segundo o comunicado, o clube foi procurado por empresas para licenciar máscaras de proteção, mas decidiu fazer uma ação social. Desta forma, o rubro-negro liberou a marca gratuitamente para a produção artesanal do equipamento de segurança. Antes de liberar a marca para a produção de máscaras de proteção, o Flamengo já havia lançado o próprio álcool em gel.

Pelo Brasil, várias outras equipes de futebol entraram na onda e também colocaram seus escudos nas máscaras. O Paraná Clube, atualmente na segunda divisão nacional, divulgou através de suas redes sociais que lançou três modelos de máscaras faciais, com o mesmo design dos uniformes da última temporada, que fizeram bastante sucesso entre torcedores. Parte da receita da venda está sendo revertida em compras de cestas básicas e distribuídas para moradores da Vila Torres, bairro periférico de Curitiba-PR.

Outras modalidades também aderiram a ideia de unir necessidade com paixão pelo esporte. A maior liga de basquete do mundo, a NBA, decidiu lançar, por enquanto apenas para os Estados Unidos e o Canadá, máscaras personalizadas com todas as franquias, tanto da NBA, quanto da WNBA, a modalidade feminina da Liga. Além do quesito proteção, toda a verba arrecadada com as vendas serão revertidas para instituições de combate à fome nos dois países anglo-saxônicos.

Desinfecção de estádios é primeira parte do Protocolo Jogo Seguro

Ainda sem data definida de retorno aos treinos nos CTs e a rotina de jogos, os clubes do Rio de Janeiro começam a seguir as recomendações do Protocolo Jogo Seguro, elaborado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) em parceria com os médicos dos clubes que disputam a Série A do Campeonato Carioca. 

O Bangu deu o primeiro passo e higienizou, com solução de quaternário de amônia de 5ª geração, as dependências de estádio Moça Bonita. 

Passaram pelo processo praticamente toda a estrutura do estádio, à exemplo do campo, arquibancada, corredores e vestiários. De acordo com a Ferj, com base na avaliação de especialistas, a solução tem grande eficácia contra fungos, bactérias e vírus. Outros locais de treinos e estádios pelo Rio de Janeiro devem receber o mesmo processo.

O protocolo reúne uma série de orientações e recomendações que devem ser seguidas, assim que for liberado o retorno às atividades nos centros de treinamentos. 

“A Federação do Rio saiu na frente. Os cortes de receitas já afetaram os clubes diretamente, e então se iniciou o trabalho para buscar um protocolo de segurança para ser aprovado pelo Ministério da Saúde, e inclusive já foi. Foram várias reuniões com médicos e advogados para elaborar esse documento. Por mais que esse protocolo seja bom, ninguém vai passar por cima de uma autorização governamental. E quem define isso é o Governo do Estado”, avalia o gerente de futebol do Friburguense José Siqueira, o Siqueirinha.

Árbitros treinam

Durante a quarentena, os clubes que ainda disputam o Campeonato Carioca estão disponibilizando planilhas para os jogadores seguirem uma rotina de exercícios e alimentação regrada em suas casas. E de acordo com a Ferj, os árbitros também estão mantendo a rotina de atividades físicas e técnicas de jogo (regras, aulas virtuais), à espera da permissão dos órgãos governamentais para o retorno das competições.

O preparador-físico Paulo Barroso orientou o quadro de arbitragem a realizar exercícios localizados, de coordenação motora, agilidade, mobilidade, multisaltos, corridas estacionárias e intermitentes. “Recebemos informações e todos estão se esforçando nesse período. O grupo está motivado. Quando permitida a volta, daremos mais ênfase à força, velocidade e resistência”, disse em entrevista ao site oficial da Ferj.

 

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