Com as restrições de funcionamento ao comércio impostas por decretos estaduais e municipais, só estão de portas abertas estabelecimentos de serviços considerados essenciais, como mercados, supermercados, padarias e farmácias, basicamente. Tudo para evitar a propagação do novo coronavírus. Para reforçar essas medidas, alguns empresários estão restringindo o acesso aos seus estabelecimentos e o contato entre clientes e funcionários, tudo para evitar aglomerações e diminuir o risco de contágio.
A VOZ DA SERRA percorreu algumas ruas do centro de Nova Friburgo nesta quarta-feira, 1°, para conferir o movimento, se os cidadãos estão cumprindo a recomendação de isolamento social e quais os cuidados estão sendo adotados por estabelecimentos que estão funcionando.
O movimento que percebemos nas ruas e pontos de ônibus está acima do esperado, sobretudo se levarmos em consideração que boa parte do comércio continua com as portas fechadas. Muitos estão restringindo o acesso de clientes, de modo a evitar aglomerações. No entanto, mesmo na calçada, ao ar livre, pequenas filas se formavam na porta de algumas casas lotéricas, mas nem todo mundo respeitava a distância segura de um metro. Várias pessoas optaram pelo uso de máscaras e nas farmácias, fitas zebradas evitam que clientes se aproximem dos balcões e dos funcionários, evitando o contágio.
Outros estabelecimentos, como farmácias e pet shops, por exemplo, estão realizando o atendimento somente na porta – um funcionário anota o pedido e entrega ao cliente do lado de fora -, enquanto alguns delimitaram o espaço de circulação para evitar que as pessoas toquem nas prateleiras sem necessidade, ou mesmo para manter a distância segura para os funcionários dos caixas.
“Estamos tentando seguir à risca a determinação do Ministério da Saúde de manter no mínimo um metro de distância entre as pessoas para evitar a disseminação do vírus. O que traz mais segurança ao nosso colaborador, assim como para o nosso cliente, já que evita o contato direto”, disse Rosângela Aquino, gerente de uma farmácia no Centro.
A grande aposta em meio a pandemia tem sido no delivery. Só que nem todo mundo pode utilizar essa modalidade de serviço. Os trabalhadores informais, que dependem do contato com o cliente e do movimento nas ruas para faturar, já estão amargando prejuízos.
“Está difícil (de trabalhar) porque o pessoal está meio receoso, com medo. Por enquanto ainda está dando para trabalhar. A gente vai levando. Se eu tiver que parar vai ser mais complicado, vou ter que pensar em outra forma de levar o pão para casa. Mas parece que vai sair uma ajuda emergencial para autônomos, né? Isso iria dar uma moral danada para a gente”, disse o vendedor ambulante Marcelo Ferreira.
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