Monitor indica forte avanço das áreas de seca no Estado do Rio

Na comparação com dezembro, fenômeno passou de 21,88% para 65% em janeiro. Rio concentra a maior área de seca do Sudeste
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
por Guilherme Alt (guilherme@avozdaserra.com.br)
Monitor indica forte avanço das áreas de seca no Estado do Rio

A última atualização do Monitor de Secas apontou que, no Estado do Rio de Janeiro,  houve, no mês passado, avanço da seca no norte fluminense e o surgimento de seca fraca no sul do estado, em razão das chuvas abaixo da média e da piora nos indicadores. O mesmo foi encontrado na Região Serrana, devido ao baixo índice pluviométrico, já que nos últimos anos a região como um todo, inclusive Nova Friburgo, registrava sempre no primeiro mês do ano chuvas fortes e constantes praticamente todos os dias.

O Monitor identificou um forte aumento da área com seca de 21,88% para 65% – maior área com o fenômeno desde setembro de 2020 (100%). Além disso, houve um forte aumento da área com seca fraca, que passou de 15,32% para 58,44%. Por outro lado, no mês passado, o Estado do Rio teve a maior área sem seca do Sudeste: 35%. Os impactos da seca são apenas de curto prazo.

Em janeiro deste ano, as áreas com seca tiveram aumento em nove dos 20 estados brasileiros acompanhados pelo Monitor de Secas em comparação a dezembro de 2020. Em termos de severidade do fenômeno, 12 estados tiveram o agravamento da seca entre dezembro e janeiro. No Rio e mais três estados, o grau de severidade da seca se manteve.

No Sudeste houve piora do cenário, com o agravamento da seca em áreas de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo. O Monitor também identificou o aumento de áreas com seca fraca em Minas Gerais e Rio de Janeiro. Tanto as precipitações abaixo da normalidade quanto às temperaturas acima da média contribuíram para esse cenário. Apenas no sudoeste de São Paulo ocorreu melhora, com suavização da seca, devido às precipitações acima da média.

O Monitor

O Monitor de Secas é coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), e desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. No Rio de Janeiro, o Instituto Estadual do Ambiente (INEA) é o órgão que atua no Monitor de Secas. Por meio da ferramenta é possível comparar a evolução das secas nos 19 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido.

Em operação desde 2014, o Monitor de Secas iniciou suas atividades pelo Nordeste, historicamente a região mais afetada por esse tipo de fenômeno climático. No fim de 2018, com a metodologia já consolidada e entendendo que todas as regiões do país são afetadas em maior ou menor grau por secas, foi iniciada a expansão da ferramenta para incluir outras regiões.

A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica uma seca relativa – as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região – ou a ausência do fenômeno.

 

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TAGS: Clima