Um levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio) feito na última semana com empresários do setor de comércio e serviços mostra relativa evolução nas expectativas que os comerciantes têm para seus negócios nos próximos três meses. Cerca de 77,8% dos empreendedores esperam que melhore ou melhore muito. Em janeiro esse percentual era de 75,9%. Foi possível observar também uma leve redução na proporção de empresários que acham que vai piorar ou piorar muito, de 10,4% em dezembro, para 8,3%. Portanto, aqui houve uma melhora no otimismo para os próximos três meses em relação ao próprio negócio, segundo sinal positivo após duas quedas registradas no final de 2020.
Para o Instrituto Fecomércio (IFec-RJ), que realizou a pesquisa, apesar da situação menos favorável nos últimos três meses a redução da inadimplência dos empresários fluminenses e a melhora das expectativas para os próximos três meses diluem a piora no cenário recente. Por outro lado, o estudo mostra que houve variação negativa, por parte dos comerciantes, com relação aos últimos três meses. Para 20,4% dos entrevistados a situação de seu negócio melhorou ou melhorou muito, o percentual é inferior ao registrado em janeiro (24,9%). Além disso, o número de comerciantes que acreditam que seus negócios estão estabilizados aumentou de 24,5%, no mês anterior, para 26,6% em fevereiro.
O número de empreendedores que afirmam que o quadro do seu negócio piorou subiu de 28,3% no mês de janeiro, para 31,7%, deferentemente dos que acreditam que piorou muito: de 22,3% para 21,3%. No final das contas, houve variação negativa no indicador que mede a situação do negócio nos últimos 3 meses em fevereiro relativamente a janeiro (74,3 para 67,4). A piora se deveu à piora também verificada no indicador de demanda, que apresentou redução de 65,7 em janeiro para 62,8 em fevereiro. Os dois indicadores já refletem possivelmente o resultado da extinção do auxílio sobre a economia fluminense.
Sobre a expectativa dos empresários pelas demandas nos próximos meses, a sondagem registrou aumento dos que acreditam que aumentará ou aumentará substancialmente: de 51,8% em janeiro, para 54,4% em fevereiro. Para outros 31,7% haverá estabilização, no mês anterior esse percentual era de 33,9%. Houve, ainda, redução entre os que acreditam em diminuição acentuada de 5,6% em janeiro, para 3,7%. O percentual dos que creem que diminuirá apresentou aumento, indo de 8,6% em janeiro, para 10,3% nessa sondagem. Sinteticamente, os empresários estão mais otimistas em relação à demanda nos próximos três meses. O indicador que captura a informação subiu de 137,6 em janeiro para 140,4 em fevereiro.
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