Jhennifer Alves mira Seletiva Olímpica e cobra maior apoio da cidade

Em bate-papo com A VOZ DA SERRA, atleta fala dos desafios vividos em 2020 e seus próximos passos
sexta-feira, 29 de janeiro de 2021
por Vinicius Gastin
Atleta de Nova Friburgo vibra com as marcas alcançadas e ressalta a importância de ter competido em Budapeste
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Há alguns anos ela protagoniza alguns dos principais momentos do esporte friburguense, alcança destaque nacional e brilha também no cenário internacional. As conquistas, os recordes e participações em grandes eventos credenciam Jhennifer Alves a tentar escrever mais um importante capítulo em sua história, a participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão, a partir do dia 23 de julho.

“Estou tentando recuperar um pouco do tempo perdido. Meu recorde sul-americano no final do ano passado comprova que não houve grandes. Vamos estar mais do que 100% na Seletiva Olímpica”, garante a atleta friburguense.

De olho no principal objetivo dos últimos anos, Jhenny já retomou a preparação e os treinamentos em seu clube, o Pinheiros, de São Paulo. Medalhista em várias das principais competições pelo mundo, ela alcançou, em 2020, o décimo recorde sul-americano da carreira durante a disputa da ISL. A marca foi batida defendendo o Toronto Titans, na primeira rodada de skins da Semifinal 2. Jhennifer nadou 29.91, batendo assim, pela terceira vez, a marca sul-americana dos 50 metros peito em piscina curta. Ao todo são seis recordes em piscina longa e quatro em piscina curta.

Vale destacar que ela já era a detentora do principal tempo anterior da prova (30s00). O bom desempenho é somado ao título histórico de melhor atleta universitária do país em uma temporada, com a inédita conquista de um ouro por uma atleta brasileira de natação. “Isso vai ficar marcado na minha história, mas marca outras gerações também”, vibra.

Em bate-papo com A VOZ DA SERRA, Jhennifer Alves fala um pouco sobre os desafios vividos em 2020, projeta os próximos passos na carreira e garante foco na Seletiva olímpica, no mês de abril. A atleta de Nova Friburgo, entretanto, revela que ainda sente falta de um apoio maior da cidade. “Temos grandes empresas, mas elas estão deixando a desejar um pouco com os grandes atletas”, disse.

A VOZ DA SERRA: O ano de 2020 não foi fácil em todos os aspectos, e no seu caso, o sonho olímpico acabou adiado para este ano. Qual o balanço que você faz da última temporada?

Jhennifer: A temporada de 2020 realmente foi bem complicada, pois fiquei quatro meses sem nadar e, logo depois, tive que fazer uma base rápida para poder viajar para Budapeste e participar das competições.

No ano passado, você teve a oportunidade de participar do ISL mais uma vez. O quanto que essa experiência contribuiu para você?

Em meio a tudo o que aconteceu no ano passado, essa foi uma competição muito importante para todos os atletas que tiveram a oportunidade de participar. É um evento incrível, e de lá eu saí com recorde sul-americano. Ajudou muito na competitividade dentro de uma pandemia, e evitou de jogarmos fora praticamente um ano inteiro de trabalho.

Você foi eleita a atleta universitária do ano, por conta do desempenho histórico no Universíade. Qual a importância de mais essa premiação para a sequência da sua carreira?

Foi muito importante essa premiação, além do fato de ter sido a primeira mulher a conquistar uma medalha de ouro na natação. Isso vai ficar marcado na minha história, mas marca outras gerações também.

Falando sobre o grande objetivo de 2021, os Jogos Olímpicos de Tóquio, a busca pelo índice continua. Quais oportunidades / competições você terá para alcançá-lo? Quando vão acontecer?

Até o momento só temos uma Seletiva confirmada, que ocorrerá em abril, mas não há data certa ainda. E talvez tenha uma repescagem 40 dias antes da Olimpíada.

Como está sendo a preparação para tentar alcançar o índice, em tempos de pandemia e restrições?

A gente está tentando recuperar um pouco de tempo perdido que, na verdade, não trouxe tantos prejuízos assim. Meu recorde sul-americano no final do ano passado comprova que não houve grandes perdas, e se a gente batalhar, treinar bem, vamos estar mais do que 100% na Seletiva Olímpica.

Nova Friburgo pode ter novamente uma atleta olímpica. Sente falta de um abraço maior da cidade ao deporto municipal de modo geral?

Sinto falta sim, de um abraço e um apoio maior da cidade, tanto da nossa prefeitura quanto dos nossos grandes empresários. Nova Friburgo possui grandes empresas, mas elas estão deixando a desejar um pouco com os grandes atletas.

 

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TAGS: natacao