O Estado do Rio de Janeiro registrou, nos dez primeiros meses deste ano, avanços significativos na segurança pública, com reduções nos crimes contra a vida e recorde de apreensão de fuzis. Foram recolhidas pelas polícias 642 armas longas, um aumento de 22%, em relação ao mesmo período de 2023, uma média de duas apreensões por dia. O percentual supera todos os registros anteriores para o indicador desde o início da série histórica, em 2007, e estabelece um marco nos últimos nove anos. Os dados foram divulgados, na segunda-feira, 25, pelo Instituto de Segurança Pública (ISP).
No mesmo período, a Letalidade Violenta - que é a soma dos homicídios dolosos (cometidos com a intenção de matar), latrocínios (roubos seguidos de morte), lesões corporais seguidas de morte e mortes por intervenção de agentes do Estado - apresentou uma queda de 13%. Foram contabilizadas 3.107 mortes, 486 a menos do que as 3.593 registradas nos dez meses do ano anterior, configurando o menor número de vítimas em 34 anos.
A queda da letalidade violenta se desdobra em outros indicadores importantes. As mortes por intervenção de agentes do Estado caíram 21% em 305 dias, alcançando seu menor percentual desde 2015. Já os homicídios dolosos registraram um recuo de 13% no acumulado e 8%, em outubro, os números mais baixos para os períodos em 34 anos.
Entre os crimes contra o patrimônio, vale destacar a redução nas ocorrências de roubos de carga, que totalizaram 2.518 registros entre janeiro e outubro de 2024. Em relação ao mesmo período de 2023, houve uma diminuição de 241 casos, ou - 9%, consolidando o valor mais baixo para o acumulado desde 2011.
“Temos, hoje, uma polícia mais preparada e treinada, gerando ações policiais mais objetivas. Continuamos avançando para alcançar reduções ainda mais significativas nos índices de criminalidade”, ressaltou o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos.
Maior produtividade policial
Os indicadores de produtividade policial também apontam avanços consistentes. Até outubro, pelo menos 15.170 veículos (roubados e furtados) foram recuperados no estado, uma média de 50 por dia, um aumento de 23% em relação a 2023. Além disso, 5.287 armas de fogo foram retiradas das mãos de criminosos, o que equivale a 17 armamentos a cada 24 horas.
As forças de segurança cumpriram 12.106 mandados de prisão, um crescimento de 17%, e realizaram 35.707 prisões em flagrante, alta de 15% em relação ao ano anterior. Houve também 20.308 apreensões de drogas, cerca de 67 por dia, representando um aumento de 7% no comparativo anual.
Indicadores
- Letalidade violenta: 3.107 vítimas nos dez primeiros meses de 2024. Na comparação com o ano anterior, houve a diminuição de 13%.
- Homicídio doloso: 2.370 vítimas de janeiro a outubro. Na comparação com o ano anterior, o delito registrou redução de 13%.
- Mortes por intervenção de agente do Estado: 610 mortes nos dez meses de 2024. Em relação ao ano anterior, houve uma redução de 21% no delito, o menor valor para o período desde 2015.
- Roubo de carga: 2.518 casos nos dez primeiros meses de 2024. Em relação ao ano anterior, a diminuição foi de 9%, o menor valor para o período desde 2011.
- Armas apreendidas: 5.287 apreensões em dez meses. Em média, foram retiradas de circulação, por dia, 17 armas de fogo.
- Fuzis apreendidos: 642 fuzis apreendidos nos dez primeiros meses de 2024. A cada 24 horas, as polícias Civil e Militar apreenderam cerca de dois fuzis. Esse número representa o maior número de apreensão para o período desde o início da série histórica, em 2007.
- Prisão em flagrante: 35.707 prisões em flagrante até outubro deste ano. No comparativo com o mesmo período de 2023, o delito registrou aumento de 15% no acumulado. Foram 117 prisões em flagrante por dia. Esse número representa o maior número de prisões para o período desde o início da série histórica, em 2006.
- Recuperação de veículos: 15.170 veículos foram recuperados até outubro deste ano, uma média de 50 por dia. No comparativo com o mesmo período de 2023, o indicador registrou um aumento de 23%.
- Apreensão de drogas: 20.308 registros de drogas apreendidas em dez meses. Em média, foram 66 apreensões por dia. No comparativo com o mesmo período de 2023, o delito registrou um aumento de 7%.
*Dados referentes aos Registros de Ocorrência (ROs) lavrados nas delegacias do Estado do Rio.
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