A inclusão de alunos com alguma dificuldade no aprendizado ou com necessidades especiais vem aumentando nas escolas de todo o Estado do Rio de Janeiro, inclusive na rede pública. Em Nova Friburgo, por exemplo, o Colégio Estadual Tuffy El-Jaick, no bairro Duas Pedras, tem proporcionado uma “aula de cidadania e integração”, atendendo a mais de 40 alunos PcDs (Pessoas com Deficiência). O trabalho dedicado aos estudantes com algum tipo de necessidade especial tem como principal objetivo a inclusão.
(Foto: Seeduc-RJ)
“Quando se faz essa escolha, de trabalhar com Educação Especial, entramos num caminho de amor e dedicação, com um olhar diferente, maternal. Esse é o meu propósito de vida”, afirma a orientadora educacional do Colégio Tuffy, Janine Maria Vieira de Araújo Almeida.
Um dos mais empolgados estudantes da escola é Luiz Gustavo Gonçalves Gomes que foi destaque em reportagem recente em A VOZ DA SERRA. Ele nasceu com paralisia cerebral discinética e paralisia dos membros superiores. Mas as limitações físicas não impediram que o jovem desenvolvesse habilidades incríveis. Extremamente dedicado, ele aprendeu a realizar todas as suas atividades com os pés.
“Tenho paralisia, mas nada disso me impede de fazer as coisas que amo. Não desisto. E na escola é maravilhoso, os professores e diretores são muito bons comigo. Eles me ajudam muito e sempre fazem de tudo pra me ver feliz. Sou muito grato a eles”, diz Luiz Gustavo, aluno da 2ª série do Ensino Médio.
Matheus Camilo Debossan também é um dos alunos mais aplicados do Colégio Tuffy. Autista, o jovem chegou à escola ainda no Ensino Fundamental e, hoje, aos 17 anos, cursa a 2ª série do Ensino Médio. “A escola é muito acolhedora. Aprendo com todo mundo. Tenho vontade de me expressar aqui, de mostrar quem eu sou. Acordo todo dia animado para vir estudar”, conta Matheus.
Outro exemplo de como a educação pode e deve ser integradora é a aluna Manuella de Oliveira Silva Ribeiro, de 17 anos. Com deficiência intelectual, ela não esconde a alegria de estar na escola e participar de todas as atividades. “Eu me sinto muito acolhida e querida. A escola faz com que eu me sinta bem, é uma alegria estar aqui com meus colegas e meus professores”, destaca a estudante.
Vitória Teixeira da Costa, de 16 anos, deficiente visual, é uma das mais animadas da escola. Com seu notebook adaptado, a menina tem um desempenho muito especial na sua classe, da 2ª série do Ensino Médio. “Adoro estar com meus colegas. Minha matéria preferida é Biologia, porque adoro animais. Também toco violino e me sinto feliz na minha turma”, compartilha Vitória.
Com todas as ações e iniciativas realizadas, o Colégio Estadual Tuffy El-Jaick mostra que tudo é possível e que todos têm direitos e devem ser respeitados. “Trabalhamos com o que gostamos e este é o segredo de nosso sucesso, com muita disciplina e dedicação. A escola não é do aluno; ela é para o aluno, e nós tentamos preparar todos eles para a vida”, destaca a diretora-geral, Adriana Palomo Martins Tuler. (Fonte: Seeduc-RJ)
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