O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o Governo Federal vai assinar na próxima semana um contrato de Encomenda Tecnológica com a farmacêutica inglesa AstraZeneca. O acordo vai possibilitar que o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), material necessário para produção da vacina contra a Covid-19, seja fabricado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nacionalmente.
Segundo o ministro, a assinatura do contrato deve ocorrer na próxima terça-feira, 1° de junho, em solenidade que contará com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Para Queiroga, a ação vai possibilitar o incremento no ritmo de vacinação no país. “Com as articulações realizadas pelo Ministério da Saúde será possível, com o empenho de todos, vacinar toda a população brasileira acima de 18 anos até o final deste ano. Essa é a nossa esperança, esse é o nosso compromisso”, disse o ministro durante audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.
Aos deputados federais, o ministro ressaltou que o Brasil tem contratadas, até 2022, cerca de 600 milhões de doses de vacinas. Até o momento, já foram distribuídas pouco mais de 90 milhões de doses aos estados e municípios, das quais 30 milhões, em maio. Queiroga também foi questionado sobre a quantidade de vacinas para o mês de junho. De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, devem ser entregues 41,9 milhões de doses, 12 milhões a menos do que a previsão inicial. Serão 20,9 milhões de doses da AstraZeneca, 12 milhões da Pfizer, quatro milhões do imunizante da AstraZeneca obtidos via consórcio Covax Facility e cinco milhões de doses da CoronaVac.
Segundo Queiroga, a redução na previsão ocorreu em razão da falta de insumos. “Estamos tentando ainda antecipar dois lotes de IFA da AstraZeneca, previstos para o dia 20 de junho. Se conseguirmos, acredito que vamos voltar para o número inicialmente previsto de doses para junho”, afirmou.
Programa nacional de testagem
Queiroga disse ainda que o ministério vai começar a adotar uma estratégia de ampliação do número de testes aplicados na população. Segundo ele, a pasta lançou nesta quinta-feira, 27, um programa nacional de testagem em massa com objetivo de chegar a 20 milhões de brasileiros mensalmente. A medida visa, entre outros pontos, rastrear uma possível transmissão comunitária da variante indiana do coronavírus. A presença da nova cepa, a B.1.617.2, foi confirmada no país no último dia 20, quando seis casos foram detectados entre 24 tripulantes do navio MV Shandong Da Zhi, que veio da China e está em isolamento no Maranhão.
Segundo Queiroga, os testes devem ser aplicados em pessoas sintomáticas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e também as que apresentem sintomas iniciais, em locais pré-definidos, como portos, aeroportos e rodoviárias. “Vamos lançar uma grande campanha de testagem porque hoje é possível, graças ao avanço da tecnologia, ter testes de antígenos rápidos que, em 15 minutos, nos dão o resultado de positividade ou não. Quem testar positivo já vai logo para o isolamento”, disse. (Agência Brasil)
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