A função do mestre é ser o mediador entre o conhecimento e o aluno

sexta-feira, 15 de outubro de 2021
por Jornal A Voz da Serra
A função do mestre é ser o mediador entre o conhecimento e o aluno

O enfrentamento da pandemia na área educacional foi e ainda é um grande desafio em todos os níveis de ensino, uma vez que a adaptação às aulas on-line e as desigualdades de acesso às tecnologias agravaram o cenário de incertezas em que a maioria da comunidade escolar está inserida.

Diante dessa situação, muitos gestores escolares ainda buscam formas para continuar com as atividades, principalmente em relação ao auxílio de plataformas on-line de ensino e à introdução de novas metodologias.

A necessidade de ofertar novas abordagens diante desse inédito panorama, como o ensino à distância, levou muitos professores a se reinventarem, a elaborar novos planejamentos de aula e rever antigos conceitos.

O professor é o mediador entre o conhecimento e o aluno, quem orienta o caminho, ajuda e auxilia na construção das habilidades essenciais para a vida profissional e pessoal. É ele quem coloca em prática o processo de ensino, tem contato direto e acompanha de perto o desenvolvimento e a formação dos alunos.

E para manter esse nível de comprometimento, esses profissionais têm se esforçado e enfrentado dificuldades para garantir a aprendizagem da melhor forma possível aos alunos, em um momento delicado e ainda incerto como o atual.

Cópias impressas, aulas  on-line e visitas domiciliares

Toda mudança requer um tempo para a adaptação. É o que afirma Katia Araújo, diretora da organização Fundação Terra, em Arcoverde (PE). “No início, foi um desafio muito grande. O trabalho triplicou. Os professores passaram a gravar vídeos e realizar atividades on-line, coisas que não estavam acostumados a fazer no dia a dia. Alguns tiveram dificuldades e realizaram cursos de informática, com noções gerais sobre aplicativos básicos, noções de gravação de vídeos e cenário. Aos poucos, buscando estratégias e realizando reuniões periódicas de avaliação, eles foram conseguindo se adaptar”.

Uma dificuldade apontada por Katia é que muitas famílias da comunidade não têm acesso à internet. Em razão disso, ela pensou em uma maneira para que todas as crianças pudessem realizar as mesmas atividades. “Desenvolvemos ações com kits pedagógicos. Como não temos muitos livros didáticos, os próprios professores prepararam as suas aulas, conteúdos e tarefas. Imprimimos na própria instituição e entregamos às famílias que retiravam aqui conosco, todas as segundas-feiras. Também enviávamos videoaulas aos alunos que têm acesso a um aparelho celular”, contou a diretora.

Além do preparo e da distribuição do material de aula, a preocupação com as crianças e a participação dos pais não foi deixada de lado pela equipe de professores. “Visitamos aquele aluno com o material e a orientação adequada. Realizamos um grande esforço para atingirmos o aproveitamento e a participação de todos. Tivemos poucos casos de crianças que não participaram de nenhuma forma das atividades que foram preparadas. Isso é uma conquista para todos nós”, completou Katia.

Segundo o educador Rubem Alves (1933-2014), “a função de um professor é instigar o estudante a ter gosto e vontade de aprender, de abraçar o conhecimento. É ensinar a pensar. Quando o professor fala, provoca a curiosidade da criança e ela interage e questiona”.

A pandemia ainda vai impactar a sociedade (por algum tempo), que não será mais a mesma — mas o papel do professor permanecerá, sempre, relevante em todo o processo de aprendizagem.

(Fonte: Fundação Abrinq)

 

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