O último domingo de setembro marcou a comemoração do Dia Nacional de Doação de Órgãos. Doar órgãos para transplante é um gesto de extrema grandeza e são atitudes como esta que podem salvar milhares de vidas. Atualmente, 34 moradores de Nova Friburgo aguardam ansiosamente na fila para serem submetidos a transplantes de órgãos no Estado do Rio. No entanto, o Programa Estadual de Transplantes (PET) informou que o Nova Friburgo não possui nenhum hospital credenciado para realização de transplantes e, por isso, não ocorreu nenhum procedimento na cidade. O PET deixou as últimas posições no ranking nacional das doações de órgãos para alcançar, em 2020, o terceiro lugar, atrás apenas de São Paulo e Paraná. São feitos transplantes de coração, fígado, rim, pâncreas, osso, pele, córnea, entre outros.
Os pacientes cardíacos José Víctor de Sousa Germano e Giulianna Lira Cortes, são exemplos. Ambos receberam novos corações captados pelo Programa Estadual de Transplantes (PET), que completou dez anos recentemente. Na última década, cerca de 19 mil vidas foram salvas por intermédio do programa. José Victor, 23 anos, tem miocardite viral que o deixaca completamente exausto a qualquer tarefa simples. Ele fez o transplante de coração em fevereiro de 2019. O ganho na qualidade de vida fez com que o rapaz também se tornasse um doador de órgãos. Já Giulianna Cortes, 26 anos, teve uma gripe que desencadeou sérias consequências, como febre e dores de cabeça crônicas. Ela só melhorou com o transplante de coração, feito em janeiro deste ano no Instituto Nacional de Cardiologia, na capital.
Objetivo é aumentar a captação
Para o coordenador do PET-RJ, Sidney Pacheco, o foco do programa é ampliar as Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTTs) nas unidades hospitalares. Atualmente, o estado tem quatro dessas comissões e está investindo no aumento da estrutura. “O PET vem crescendo substancialmente nos últimos anos. Para manter esses bons resultados, atualmente estamos investindo na criação de mais 16 comissões. São profissionais capacitados para acolher as famílias com um atendimento humanizado, tornando o processo da doação de órgãos mais confiável e transparente. A missão primordial do PET é obter o “sim” das famílias para salvar vidas por meio da doação de órgãos”, reforça Sidney.
As Comissões Intra-hospitalares são formadas por equipes multiprofissionais de saúde, que têm a finalidade de organizar, nos hospitais, rotinas e protocolos que possibilitem o processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes. Este ano, foi registrado o melhor primeiro trimestre da história do programa, com 254 transplantes de órgãos sólidos. A marca supera em quase 54% o mesmo período do ano passado. Em 2019, o programa recebia, em média, 5,1 doações de órgãos por milhão de habitantes. No primeiro trimestre de 2020, a média subiu para 22 por milhão.
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