Família de Capivaras é flagrada no Rio Bengalas

Animais chamaram atenção nesta manhã próximo à Praça do Suspiro
terça-feira, 22 de outubro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Leitor via whatsapp)
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Nova Friburgo parece ser um dos destinos mais queridos das capivaras. Durante todo o ano, turistas e moradores conseguem observar esses animais passeando pelas margens do Rio Bengalas. Nesta terça-feira, 22, pela manhã, essa cena pôde ser observada mais uma vez. Com aparência fofa e aparentemente indefesas, pelo menos três delas chamaram atenção de pedestres que passavam pelas calçadas, próximo à Praça do Suspiro. A natureza tranquila e pacífica desses animais, faz com que as capivaras se tornem bem vindas, agregando o cenário urbano e movimentado da cidade.  

A capivara, nome científico: Hydrochoerus hydrochoeris, também conhecido como carpincho ou capincho, é um animal, mamífero, roedor, herbívoro, originário do continente sul-americano. O nome "capivara" tem origem no idioma tupi e significa "comedor de capim". É a maior espécie de roedor do mundo, podendo chegar a 1,30 de comprimento e pesar até cerca de noventa quilos. Possui uma pelagem grossa, castanha avermelhada. Apesar de seu porte grande, as capivaras, em geral, são animais calmos e dóceis. Possuem hábitos semiaquáticos, por isso possui como habitat natural as margens de rios e lagos, áreas alagáveis e próximo a represas. Mesmo tendo desaparecido em algumas localidades, a espécie não se encontra em risco de extinção. A água serve como esconderijo e proteção contra os predadores naturais, além de ser utilizada para a reprodução, alimentação e manutenção de sua temperatura corporal.

Mas sempre é importante lembrar que são animais selvagens, ou seja, não se aproximem nem tente tocar neles, os apreciem de longe, as capivaras não são agressivas, mas podem atacar se se sentirem ameaçadas, como por exemplo, pessoas que tentam tirar fotos muito próximas ou também podem atacar em defesa de seus filhotes. 

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Importância das capivaras

Assim como todos os indivíduos pertencentes à fauna e à flora nativa, as capivaras possuem sua importância para os ecossistemas aos quais fazem parte. Esses indivíduos, por serem herbívoros, colaboram no controle da abundância da vegetação nas áreas escolhidas para pastarem, assim como a vegetação aquática, colaborando para o equilíbrio desses nichos ecológicos.

15 curiosidades sobre as capivaras

1-São os maiores roedores do mundo -  Elas são a maior espécie da ordem dos roedores do mundo e são geneticamente mais próximas aos porquinhos da índia e aos preás.

2. Adoram água - As capivaras são animais semi aquáticos e passam grande parte do tempo na água, porque precisam dela para manter sua pele úmida e regular sua temperatura. Para nadar melhor e conseguir escapar de predadores, elas têm membranas interdigitais que as ajudam a se mover. Ao se sentirem ameaçadas, podem mergulhar e ficar debaixo d'água por até 5 minutos.

3. Rosto sob medida - Seus olhos, orelhas e narinas são alinhados no topo da cabeça para que elas consigam nadar e manter essas estruturas fora d'água. Nessa posição, podem até dormir dentro de um rio ou lago.

4. Também são ótimas corredoras - As capivaras podem correr a uma velocidade de até 35 km/h por trechos de 100 m a 200 m.

5. Seus dentes crescem para sempre - Elas têm os dois dentes frontais longos e, como outros roedores, eles nunca param de crescer. Para mantê-los em um comprimento razoável, esses animais devem desgastá-los triturando e mastigando alimentos ou cascas.

Seus molares continuam crescendo ao longo da vida também, mas eles se desgastam com a mastigação da comida.

6. Apreciam uma grande família- As capivaras são consideradas animais sociais e têm hierarquias dentro de seus grupos, que costumam conter entre 10 e 30 membros. No entanto, já foram registrados círculos sociais compostos por 40 a 100 indivíduos.

7. Possuem um vasto repertório - As capivaras são animais muito comunicativos com os membros de seus grupos. Eles emitem sons únicos para compartilhar informações importantes alertando sobre o perigo, sinalizando um movimento e orientando seus filhotes. Os ruídos incluem ranger de dentes, guinchos, ganidos, assobios, choro, latidos e cliques, cada som tem um significado diferente e é específico para seu grupo social individual.

8. São crepusculares - As capivaras são consideradas animais “crepusculares”, ou seja, são mais ativas durante o amanhecer e o anoitecer.

9. São comilonas - As capivaras são herbívoras e ingerem cerca de 30 quilos de folhas todos os dias.

10. Comem duas vezes o mesmo alimento - É comum que as capivaras comem suas próprias fezes para digerir o alimento novamente. Elas, inclusive, sabem qual cocô ainda não foi digerido uma segunda vez.

11. São "bancos vivos" - As capivaras são chamadas por alguns biólogos de “otomanas da natureza”, por serem um lugar no qual alguns pássaros gostam de descansar. Em certos biomas, elas têm uma relação mutualística com aves como o carcará-de -cabeça-amarela, que se alimentam de insetos das costas dos roedores.

12. Têm filhotes fofos - A gravidez de uma capivara dura em média 120 dias e gera cerca de três filhotes por vez. Os bebês são chamados de 'capitães' e ficam com o grupo dos pais até completarem um ano de vida, quando "saem de casa" para procurar seu próprio bando.

13. Se adaptam a diversos ambientes - As capivaras podem viver bem em ambientes urbanos ou naturais por conta de sua flexibilidade alimentar. Elas não são exigentes e costumam comer qualquer tipo de gramíneas e folhagens que encontrarem.

14. Não são animais domésticos - Apesar de terem se adaptado à vida urbana, as capivaras são animais silvestres e não podem ser domesticadas conforme a lei brasileira, a menos que o interessado tenha uma licença para se tornar um tutor legal e recorra a criadouros legalizados para adquiri-la.

15. Algumas culturas consomem carne de capivara - Esse hábito remonta à época da colonização das Américas, quando católicos não entraram em um consenso sobre se a proibição de comer carne se estendia ou não às capivaras. A controvérsia cessou quando o Papa decretou, em 1784, que as capivaras não estavam sob a proibição. Em algumas regiões, é tradição comer carne de capivara durante o jejum da quaresma, entre o Carnaval e a Páscoa.

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