Estiagem faz área de seca dobrar no Estado do Rio

Entre junho e julho, as áreas classificadas com seca fraca saltaram de 50,11% para 93,79%
quinta-feira, 03 de setembro de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Seca e queimada em Friburgo: cena comum nesta época (Arquivo AVS)
Seca e queimada em Friburgo: cena comum nesta época (Arquivo AVS)

De acordo com o Mapa Monitor de Secas, da Agência Nacional de Águas (ANA)  de julho, sete estados brasileiros registraram aumento das áreas com seca em relação a junho, devido às poucas chuvas do último mês, entre eles o Estado do Rio de Janeiro. Em outros quatro estados, o fenômeno teve redução. Somente no Distrito Federal, Ceará, Goiás e Sergipe a parcela do território com o fenômeno se manteve estável. Em termos de severidade, a seca não registrou mudanças significativas entre junho e julho nas 16 unidades da federação monitoradas.

No Estado do Rio, julho é um mês típico de estiagem. Apesar das chuvas observadas terem sido em torno do normal, o acumulado no trimestre apresenta desvios negativos mais expressivos que sugerem o avanço da seca fraca em direção ao norte fluminense quase até a divisa com o Espírito Santo. Entre junho e julho, as áreas com seca fraca quase dobraram no Rio de Janeiro, saltando de 50,11% para 93,79% do total. Os impactos permanecem de curto prazo.

A nível nacional, julho é um mês historicamente seco na maior parte do Sudeste e do Nordeste, no Distrito Federal, em Goiás e em Tocantins. Por outro lado, julho é considerado período chuvoso no litoral leste do Nordeste, na faixa que se estende desde o Rio Grande do Norte até a Bahia, com valores de precipitação mensal acima de 200 milímetros.

O Monitor de Secas realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br, quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Estiagem é sinônimo de queimadas

Uma das principais consequências da estiagem são as queimadas. E é justamente por isso que nessa época do ano são registradas inúmeras ocorrências de fogo em vegetação. Em Nova Friburgo, cidade rodeada por muitas matas, esse tipo de incêndio também é muito comum neste período. Segundo reportagem publicada em A VOZ DA SERRA no último dia 14 de agosto, somente neste ano já foram registradas 180 ocorrências de fogo em vegetação no município, com uma área total atingida superior a 400 mil metros quadrados – o equivalente a aproximadamente 56 campos de futebol.

Para o comandante do 6º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM) de Nova Friburgo, tenente-coronel Thiago Nunes Alecrim, apesar dos números alarmantes, a situação em 2020 ainda é melhor do que a registrada em anos anteriores: “Esse ano estamos com uma estatística menor. A umidade do ar tem ficado elevada quando comparada ao ano passado, o que reduz um pouco a velocidade de expansão dos incêndios florestais”, disse o comandante.

 

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