Este sábado é Dia Nacional de Combate ao Fumo: saiba onde buscar ajuda

Tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo
sábado, 29 de agosto de 2020
por Jornal A Voz da Serra
A charge do Silvério deste sábado sobre o tema
A charge do Silvério deste sábado sobre o tema

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado neste sábado, 29, foi instituído com o objetivo de reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população para os danos sociais, políticos, econômicos e ambientais causados pelo tabaco. Criado em 1986 pela lei federal 7.488, a data inaugura a normatização voltada para o controle do tabagismo como problema de saúde coletiva.

Este ano, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) escolheu como tema da campanha alusiva ao Dia de Combate ao Fumo, “Tabagismo e coronavírus”. Isso porque o tabagismo, também considerado uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem papel de destaque no agravamento do avanço dos casos de Covid-19, já que é fator de risco para transmissão do vírus e para o desenvolvimento de formas mais graves da doença. A campanha também aborda a importância do não fumar e de adotar comportamentos saudáveis no momento que houver retorno gradual às atividades cotidianas.

Tabagismo e Covid-19

Fumantes parecem ser mais vulneráveis à infecção pelo coronavírus, pois o ato de fumar proporciona constante contato dos dedos (e possivelmente de cigarros contaminados) com os lábios, aumentando a possibilidade da transmissão do vírus para a boca. O uso de produtos que envolvem compartilhamento de bocais para inalar a fumaça, como narguilé e dispositivos eletrônicos para fumar, também pode facilitar a transmissão do  coronavírus entre seus usuários e para a comunidade.

Além disso, o tabaco causa diferentes tipos de inflamação e prejudica os mecanismos de defesa do organismo. Por esses motivos, os fumantes têm maior risco de infecções por vírus, bactérias e fungos. Os fumantes são acometidos com maior frequência de infecções como sinusites, traqueobronquites, pneumonias e tuberculose. Por isso, é possível dizer que o tabagismo é fator de risco para a Covid-19 e que é um agravante da doença: devido a um possível comprometimento da capacidade pulmonar, o fumante possui mais chances de desenvolver sintomas graves da doença.

O fumo em números

Segundo informações do Ministério da Saúde, o número de brasileiros que mantém o hábito de fumar caiu 38% no período de 13 anos. É o que aponta dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Em 2019, 9,8% dos brasileiros afirmaram ter o hábito de fumar, enquanto que, em 2006, ano da primeira edição da pesquisa, esse índice era de 15,6%. A queda reforça a tendência nacional já observada nos anos anteriores. Por outro lado, o Vigitel 2019, divulgado na última semana pelo Ministério da Saúde, mostrou que o consumo abusivo de álcool apresentou alta.

A prevalência de fumantes é menor nas faixas extremas de idade: entre adultos com 18 a 24 anos (7,9%) e adultos com 65 anos e mais (7,8%). A prevalência do hábito de fumar diminui com o aumento da escolaridade, sendo de 6,7% entre aqueles com 12 anos e mais de escolaridade.

O tabagismo é a principal causa de câncer de pulmão, sendo responsável por mais de dois terços das mortes por essa doença no mundo. No Brasil, esse tipo de câncer é o segundo mais frequente. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde, mostram que 27.833 pessoas morreram em 2017 devido a essa causa. Entretanto, as consequências dos cigarros não são apenas essas.

O número de mortes e internações é maior quando se considera que o tabagismo causa outras doenças. Segundo o Inca, em 2015, as mortes com relação direta ao uso do tabaco foram: doenças cardíacas (34.999); Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC (31.120); outros cânceres (26.651); câncer de pulmão (23.762); tabagismo passivo (17.972); pneumonia (10.900) e por acidente vascular cerebral – AVC (10.812

A prevenção em Friburgo

Em Nova Friburgo, o Programa de Controle do Tabagismo, da Subsecretaria de Vigilância ​em Saúde, atende uma grande demanda de fumantes que vêm sendo sensibilizados sobre os malefícios do tabagismo. O atendimento, baseado na ​abordagem  cognitivo-comportamental e utilização do tratamento medicamentoso quando necessário, é         realizado nas unidades de saúde, em grupos coordenados por profissionais de saúde capacitados para executar as ações preconizadas pelo Ministério da Saúde​. 

 Unidades que oferecem o tratamento do tabagismo

  • Policlínica Centro Dr. Sílvio Henrique Braune 

  • Posto de Saúde Dr. Waldir Costa/ Conselheiro Paulino

  • Unidades de Estratégia de Saúde da Família: 

  • Olaria II 

  • Olaria III 

  • Nova Suíça

  • Riograndina 

  • Stucky

  • Campo do Coelho 

  • Lumiar

  • São Pedro da Serra

  • Amparo

  • Centenário 

  • São Lourenço 

LEIA MAIS

Confira a origem da data e a importância do profissional na sociedade

Instituição recebeu medicamentos que deveriam ter sido descartados há dois anos

Ao todo, cerca de 18 imunizantes estarão disponíveis para todas as idades, mas especialmente para as crianças e adolescentes

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: saúde