Enquanto a Covid diminui em Friburgo, outros vírus são ameaça e preocupam

Sintomas de Influenza aumentam procura nas emergências e capital registra primeiro caso da variante Ômicron
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
Pessoas de máscara nas ruas de Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)
Pessoas de máscara nas ruas de Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)

 

Enquanto a Covid-19 dá sinais de rendição, com UTIs zeradas de internações e óbitos estagnados em pouco mais de 860 há mais de um mês, Nova Friburgo vê aumentar a procura nas emergências dos hospitais e da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de pessoas, sobretudo crianças, com sintomas de gripe, como febre alta, dor de garganta e tosse.

A Secretaria Municipal de Saúde ainda não tem um balanço do número de casos de Influenza A na cidade. Segundo a secretária, Nicole Cipriano,  está sendo feito um levantamento dos dados epidemiológicos para identificar a real situação da Influenza A em Friburgo.

Nicole  diz que o município já registrou  “alguns casos, mas nada alarmante”.  A secretária orienta as pessoas com sintomas que procurem as unidades de saúde para triagem e acompanhamento. E lembra a importância das mesmas medidas de proteção contra a Covid - como uso de máscaras, de álcool e evitar aglomerações - para evitar o alastramento também deste vírus. Todos os postos de saúde estão oferecendo a vacina contra a Influenza, de segunda a sexta-feira, das 9h à 16h.

Variante Ômicron

Além da gripe, outro vírus que preocupa agora as autoridades sanitárias é a nova variante da Covid-19, a Ômicron. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou na segunda-feira, 20, o primeiro caso da variante Ômicron da Covid-19 no Estado, na cidade do Rio de Janeiro. O instituto destacou que é um caso importado e que ainda não houve transmissão do vírus em solo carioca.

Segundo a Fiocruz,  trata-se de uma mulher de 27 anos, residente de Chicago (EUA), que buscou atendimento em uma unidade de saúde municipal assim que chegou ao Brasil, na segunda-feira passada, 13. Desde então ela está em isolamento domiciliar, com sintomas leves, sob o monitoramento da Vigilância Municipal. Todas as pessoas que tiveram contato com ela testaram negativo. Ainda de acordo com a Fiocruz, a paciente tomou as duas doses da vacina desde março deste ano, mas não recebeu o reforço. 

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio fez a investigação epidemiológica e encaminhou a paciente para fazer o exame PCR no Laboratório Central de Saúde Pública Noel Nutels. Com a amostra, a Fiocruz  fez o sequenciamento genético que confirmou a variante.

Outro caso suspeito de ser Ômicron anunciado no início do mês deu negativo para a nova variante. Era uma mulher que tinha vindo da cidade sul-africana de Joanesburgo e testou positivo para Covid no fim de novembro. Até a última sexta-feira, 17, o Ministério da Saúde tinha confirmado 19 casos da variante no Brasil. 

O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, afirmou nesta semana que a nova variante está se espalhando mais rápido que a Delta e provocando infecções em pessoas que já se vacinaram contra a Covid-19  ou se recuperaram da doença.

Questionada sobre eventuais ações de prevenção específicas contra a Ômicron, a Prefeitura de Nova Friburgo limitou-se a informar que a Secretaria Municipal de Saúde deve seguir as mesmas orientações para as demais variantes, como adoção de máscaras, higienização frequente das mãos e evitar aglomerações.

 

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