Empresários da moda íntima farão ato simbólico contra o rodízio de CNPJ nesta terça

Serão colocadas 897 cadeiras na Praça Dermeval Barbosa representando o total de empresas formais do setor
segunda-feira, 19 de abril de 2021
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Henrique Pinheiro/ Arquivo AVS)
(Foto: Henrique Pinheiro/ Arquivo AVS)

Os empresários do setor de moda íntima de Nova Friburgo, em discordância ao sistema de rodízio do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) decretado pela Prefeitura de Nova Friburgo durante a vigência da bandeira roxa, neste período de pandemia, ocasionada pela circulação do coronavírus em todo o mundo, decidiram se mobilizar para um ato simbólico e silencioso durante toda esta terça-feira, 20, em frente ao Centro de Turismo, localizado na Praça Dermeval Barbosa Moreira.

O ato denominado “Costurando Esperança” levará para a praça a partir das 6h, pelo menos 897 cadeiras, representando o número de empresas formais do setor. Em cada cadeira haverá uma placa contendo um número fictício de CNPJ e um número X referente aos empregos que cada uma delas gera, direta ou indiretamente, totalizando em torno de 20 mil empregos diretos e mais de 18 mil empregos indiretos.

A sugestão do setor é que as empresas voltem a funcionar de acordo com a capacidade de funcionários por metro quadrado e não por número de funcionários ou rodízio de CNPJ, pois muitas delas estão localizadas em galpões amplos, que não comprometem a saúde dos seus colaboradores, que têm importância capital, pois sem eles não haverá mão de obra para produzir as peças já conhecidas nacionalmente.

Para a organização do ato estão sendo realizadas reuniões online para não gerar qualquer tipo de aglomeração. O mesmo acontecerá no momento do ato, em que apenas 12 empresários se revezarão na praça. Além das cadeiras, serão distribuídas cerca de duas mil máscaras em parceria com a Cruz Vermelha de Nova Friburgo, e serão colocados 20 manequins de fibra com banners contendo falas dos empresários do setor de moda íntima, para sugerir o retorno normal ao trabalho, uma vez que:

  • toda empresa vem respeitando os protocolos de segurança determinados pelos órgãos de Saúde e da própria Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) como: temperatura aferida na entrada, diariamente; uso de máscara; álcool em gel; distanciamento entre funcionários de no mínimo 1,5 metro; em alguns casos até com fixação de plástico entre máquinas; touca para cabelos, entre outros itens;
  • mais de 6.400 testes já foram realizados em colaboradores das indústrias para detectar a contaminação imediata caso apresente qualquer um dos sintomas e em caso positivo o afastamento é imediato;
  • segundo pesquisa feita entre os próprios empresários do setor, menos de 2% das pessoas que trabalham nas confecções foram infectadas dentro da empresa;
  • parceria com a Cruz Vermelha de Nova Friburgo para constante higienização dos ambientes;
  • inviabilidade de solicitar que funcionários, em sua maioria mulheres, trabalhem nos fins de semana para cumprir o sistema de rodízio, uma vez que também precisam se dedicar à família, além de terem que lidar com o fato de as crianças ainda não estarem frequentando as escolas;
  • de março de 2019 até o momento, os empresários já conseguem contabilizar uma queda nas vendas em torno de 40% a 50% e mais de 80% em vendas presenciais.

 

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