Dia do Cardiologista: neste inverno, é preciso cuidados redobrados

Para minimizar os riscos de complicações, especialistas recomendam algumas atitudes simples, mas eficazes
quarta-feira, 14 de agosto de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

Nesta quarta-feira, 14, celebra-se o Dia do Cardiologista, um profissional essencial na prevenção e tratamento de doenças cardíacas. Este período do ano, marcado pelo inverno, traz consigo desafios adicionais para a saúde do coração, principalmente em regiões onde as temperaturas podem cair drasticamente, como na Região Serrana. 

Estudos apontam que a incidência de problemas cardíacos, como infartos, angina e até morte súbita, pode aumentar nessa época, especialmente em pacientes que já possuem histórico de doenças cardiovasculares.

O fenômeno da vasoconstrição é uma das principais razões para essa elevação nos casos. Com o frio, o corpo humano ativa mecanismos naturais para manter sua temperatura interna estável. Um desses mecanismos é a contração dos vasos sanguíneos, o que resulta em um aumento da pressão arterial. Esse processo, embora necessário para evitar a perda excessiva de calor, pode sobrecarregar o sistema cardiovascular, aumentando o risco de complicações em indivíduos vulneráveis.

Entre os grupos mais afetados estão pessoas com idade entre 75 e 84 anos, que já apresentaram doenças cardíacas, hipertensão ou diabetes. Além disso, aqueles que estão acima do peso e fumantes também compõem o grupo de risco. Para essas pessoas, o inverno requer cuidados redobrados.

Cuidados essenciais

Para minimizar os riscos, especialistas recomendam algumas atitudes simples, mas eficazes, que podem ser incorporadas ao dia a dia:

  • Manter o corpo aquecido: Utilizar roupas adequadas ao frio é fundamental para evitar a perda de calor e a consequente vasoconstrição.

  • Beber água regularmente: Mesmo que a sensação de sede seja menor no inverno, a hidratação é crucial para o bom funcionamento do organismo.

  • Alimentar-se de forma equilibrada: uma dieta rica em nutrientes ajuda a fortalecer o sistema imunológico e manter a energia necessária para enfrentar o frio.

  • Praticar atividades físicas: Exercícios regulares ajudam a manter a circulação sanguínea ativa e a controlar o peso, fatores importantes para a saúde do coração.

Riscos elevados em dias frios

Arritmias, infartos e acidentes vasculares cerebrais (AVCs) são complicações mais comuns em dias frios, conforme alerta a Associação Americana do Coração. Essa informação é particularmente relevante para moradores de cidades onde o inverno é rigoroso. Em Nova Friburgo, por exemplo, onde as temperaturas têm despencado nos últimos dias, a população deve estar atenta aos sinais de alerta.

Sintomas como formigamento nos braços, dor no peito, falta de ar, palpitação e sudorese devem ser encarados com seriedade. Ao menor sinal desses sintomas, é imperativo buscar ajuda médica imediatamente.

Além disso, manter em dia o check-up médico, realizar os exames recomendados e seguir rigorosamente as orientações do cardiologista são medidas essenciais para garantir a saúde do coração. Nunca interrompa o tratamento medicamentoso sem a devida orientação profissional.

Neste Dia do Cardiologista, a mensagem é clara: cuidar do coração é ainda mais crucial durante o inverno. Com medidas preventivas e atenção redobrada, é possível atravessar a estação fria sem comprometer a saúde cardíaca.

Transplantes tiveram aumento de 25% no Estado do Rio

A solidariedade fez a diferença na vida de 486 pessoas submetidas a transplantes no Estado do Rio de Janeiro, no primeiro semestre deste ano. O número é 25% maior do que os realizados no mesmo período do ano passado, quando foram feitos 390 procedimentos pelo RJ Transplantes, central da Secretaria estadual de Saúde (SES-RJ). Uma das vidas salvas foi da pequena Calíope Silva. Ao receber um novo coração, com apenas dez meses, a menina foi uma das 19 pessoas a ter a vida transformada com a doação deste órgão.

“Histórias de vidas salvas pelos transplantes comovem muito e nos dão orgulho do trabalho que está sendo desenvolvido pelos profissionais da rede estadual de saúde. Estamos investindo para que eles tenham condições de atuar e o resultado se expressa em conquistas como essas. O RJ Transplante é um programa de excelência”, afirma o governador Cláudio Castro.

Calíope esteve entre a vida e a morte e foi internada aos três meses. Depois de passar por exames, os pais descobriram que a menina tinha uma má-formação genética que provocava dilatação irreversível no coração. Em janeiro deste ano, a família da menina recebeu a notícia de que havia um doador compatível e o novo coração estava a caminho. O transplante, realizado há seis meses, foi um sucesso.

“É um momento difícil de descrever. Hoje, vendo nossa filha cheia de energia, depois de ficar tão vulnerável, é motivo de muita alegria. A Calíope é o amor da minha vida e o transplante deu a oportunidade da minha filha viver novamente”, conta o pai da criança, Eric dos Santos.

Para o coordenador do RJ Transplantes, Alexandre Cauduro, o crescimento no número de procedimentos é resultado de uma maior conscientização sobre a importância desse gesto, aliado ao trabalho realizado nos hospitais da rede estadual pelas Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes. As equipes são formadas por profissionais que realizam a busca ativa para captação dos órgãos. 

“A doação de órgãos tem a ver com solidariedade e com informação, por isso, investimos na capacitação contínua dos profissionais que atuam nas Comissões de Doação. O objetivo é que eles disponham de todas as informações possíveis sobre a importância da doação de órgãos e que tenham condições de abordar as famílias de forma técnica, mas humanizada. Quem doa o órgão de um familiar está ajudando a salvar a vida de alguém num momento de perda. Então, esta aproximação precisa respeitar todos os limites necessários”, explica Cauduro. 

Comissões de doação sensibilizam famílias

Além do número de transplantados, a quantidade de doadores também cresceu significativamente no estado. Segundo o RJ Transplantes, no primeiro semestre deste ano, foram efetivadas 217 doações de órgãos, um aumento de 15% em relação ao mesmo período em 2023, quando foram realizadas 188. Os órgãos mais captados foram: rim (266), fígado (151), rim (27) e coração (19).

Ao todo, na rede estadual de saúde existem 106 Comissões de Doações distribuídas em unidades próprias nos principais hospitais, entre eles, Alberto Torres, em São Gonçalo; Getúlio Vargas, em Penha; Melchiades Calazans, na Baixada e Roberto Chabo, em Araruama.

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: