Das vantagens e desvantagens de morar sozinho(a)

sexta-feira, 12 de agosto de 2022
por Ana Borges (ana.borges@avozdaserra.com.br)
Das vantagens e desvantagens de morar sozinho(a)

Morar sozinho é um sonho de liberdade e independência para muitos ou simplesmente a única alternativa para outros. Mas, seja qual for o motivo, é importante andar com os dois pés bem fincados no chão e avaliar criticamente todos os aspectos que envolvem uma decisão tão importante.

Seguir a vida após se separar de uma pessoa especial ou simplesmente sair da casa dos pais, se ver de repente sem aquele grupo de amigos que faziam parte do seu cotidiano, não parece ser fácil e, de fato, não é. Se o caso é de casamento desfeito, pode ser mais traumático ainda. E tudo deve ser muito bem avaliado, especialmente as finanças. 

Para os recém-descasados pequenas coisas e hábitos simples podem parecer muito diferentes agora, como se toda a realidade fosse virada de cabeça para baixo. Mas, com o tempo, dicas de amigos, colegas de trabalho e parentes, é possível se adaptar à vida de solteiro(a) mais rápido do que se pode imaginar e, até mesmo, acabar gostando dela. 

Duas das maiores vantagens de ficar só são a liberdade e a independência. Se você não foi casado(a) nem tem filhos, e os fins de semana e férias são totalmente seus, você vai poder acordar e dormir na hora que bem entender, sair e chegar quando quiser, receber amigos, entre outras possibilidades. 

E viver a vida do seu jeito, como talvez você sempre quis: decorar a casa como deseja, fazer as tarefas domésticas do jeito que achar melhor, ou resolver nada fazer porque não está afim, quer só curtir o ócio. Se deleitar com a tal da desejada privacidade!

 Mas, atenção, importante ressaltar que junto com a liberdade e a independência vem também o amadurecimento. Toda pessoa que vai morar sozinha ganha maturidade e um novo senso de responsabilidade, fatores relevantes em diversos aspectos da vida. 

Agora, para desfrutar de tudo aí exposto, há algumas desvantagens. Para muita gente a ideia de assumir responsabilidades é visto como algo negativo. Não é bem assim e não deve ser encarado sob esse prisma.

Agora você  está por sua conta

Assumir o controle da própria vida — tendo em mente que a partir desse momento você vai contar apenas consigo mesmo, seja para pagar uma conta, para fazer o jantar ou lavar a roupa — traz responsabilidades do tipo se é hora de fazer compras no supermercado, se as contas estão em dia, se apagou as luzes antes de sair,  se o gás está desligado, janelas fechadas etc etc. Lembre-se que você não tem mais quem faça essas coisas por você, e essa novidade é parte dessa mudança. Melhor encarar numa boa.

Você vai chegar em casa e não vai ter ninguém para te receber ou para conversar. Vai ser estranho para a maioria, até frustrante para alguns, principalmente no início. Mas [viva a tecnologia!], hoje em dia é possível dar uma aliviada nessa sensação desagradável. Para quem ainda se ressente do “ninho vazio”, uma boa chamada de vídeo com os pais, irmãos, amigos(as), ajuda a recuperar a autoestima.

Outro aspecto que impacta a vida da pessoa que decide morar sozinha são as finanças. É importante contar com um bom suporte financeiro para não passar apuros. E não estamos falando de recorrer aos pais, mas de planejamento e visão a longo prazo.

Ou seja, antes mesmo de sair da casa dos pais você precisa fazer uma reserva financeira que garanta o seu sustento, diante de algum imprevisto, como perder o emprego, por exemplo. Convém criar uma poupança equivalente a quatro meses de salário, antes de iniciar o projeto de morar sozinho.

A vida na prática

É fundamental que você faça uma boa pesquisa de imóveis antes de sair de casa. Priorize aqueles mais próximos do seu trabalho e/ou faculdade, assim também é possível economizar com transporte. E sempre seja realista com o quanto pode gastar de aluguel. Não adianta querer morar na cobertura de um prédio se você não tem dinheiro para isso. Pés no chão e seja condizente com a sua realidade.

Tem ideia de quanto seus pais pagam nas contas de energia e água? O preço do gás? Sabe quanto custa o quilo do feijão, arroz, açúcar, café? Pois é, se você decidiu morar sozinho vai ter que começar a se habituar com essas informações e fazer uma lista de compras. Sem esquecer do material de limpeza, banho…

E mais, sabe lavar roupa, cozinhar, varrer uma casa? Se não, vai precisar aprender. Estes são alguns pequenos mas fundamentais detalhes na vida de quem vai morar só. Você até pode pagar alguém para fazer isso por você, mas, imprevistos acontecem e nunca é demais saber como desempenhar tarefas domésticas básicas.

Outra coisa, quanto vai custar o seu estilo de vida, o que você considera essencial? Pode ser que ter TV a cabo seja indispensável na sua vida, assim como ter um carro próprio. Isso, sem falar no quanto você ganha por mês, já que os seus custos vão girar em torno do seu salário. Por isso, não existe uma resposta padrão para essa pergunta. Mas ajuda a descobrir quanto o seu padrão de vida vai custar a partir de alguns de seus gastos básicos.

Considere como despesas fixas as contas que vão chegar todo mês, como luz, água, gás, plano de saúde, seguro do carro, telefonia, internet, TV a cabo etc. 

No mundo ideal você faria sua própria comida, se alimentaria de forma saudável e não seria dependente de fast food. Acontece que no mundo real existe uma grande chance de você acabar vivendo de pizza, lanche e macarrão instantâneo. Mas tente manter um equilíbrio, seja pela sua saúde física, seja pela sua saúde financeira, uma vez que viver de comida pronta pode pesar muito no orçamento.

É importante destinar uma parcela da renda para diversão e lazer, mas lembre-se de fazer isso com racionalidade. E quando a situação apertar busque formas de lazer sem custos. Existem diversas opções de shows, teatro e cinema gratuitos, basta pesquisar. 

De resto, aproveite a sua solteirice e feliz Dia dos(as) Solteiros(as)! 

DEPOIMENTO 

“Meu nome é Carlos, tenho 57 anos e sou formado em publicidade e propaganda. Fui casado durante 14 anos e atualmente divorciado há mais de 20 anos. Até um ano e meio atrás, minha filha mais velha morava comigo, mas ela se casou e resolveu voltar para o Rio de Janeiro, nossa cidade natal. 

Desde então moro sozinho. Tenho uma namorada chamada Carla, e estamos juntos há treze anos. Em comum acordo, resolvemos que no atual momento de nossas vidas é melhor continuarmos assim, cada um morando em sua casa, mas não descartamos a possibilidade de no futuro morarmos juntos.

Não sou e nunca fui uma pessoa solitária, adoro morar sozinho, e poder chegar em casa e encontrar tudo do jeitinho que eu deixei. É maravilhoso. Faço o que quero, na hora que quero. O que tem de ruim ao morar sozinho, é ter de se virar, ou seja; arrumar, lavar, passar, cozinhar, mas eu não me importo com isso.”

 

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