A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira, 20, o reajuste tarifário anual da concessionária Energisa Minas Rio, responsável pela distribuição de energia elétrica para mais de 112 mil clientes em Nova Friburgo. Desta vez, o reajuste será negativo e os consumidores irão perceber um efeito médio de 2,31% a menos a partir da próxima conta. Ou seja, em uma conta de R$ 200, a queda aproximada será de R$ 5 no valor final, uma queda de 2,42%. A nova tarifa entra em vigor nesta quinta-feira, 22.
Segundo a concessionária Energisa, com o agrupamento das concessões da empresa, as tarifas, que antes eram diferentes, passam a ser exatamente iguais. Com isso, os clientes de Nova Friburgo foram beneficiados com o crescimento da concessão e terão redução de tarifa.
O efeito médio percebido entre os consumidores em Nova Friburgo será de - 3,30% para alta e média tensão; - 2,09%, baixa tensão e - 2,20%, categoria B1 - residencial. A queda média ao consumidor será de 2,31%.
A Energisa informou ainda que o reajuste tarifário é um processo regulado pela Aneel, previsto no contrato de concessão da empresa, que apresenta regras definidas a respeito das contas de luz e a metodologia de cálculo dos reajustes. Pela norma, o valor da tarifa poderá ser reajustado anualmente (reajuste tarifário) e a cada cinco anos, no processo de Revisão Tarifária Periódica.
Nos processos de reajustes tarifários anuais, a Aneel promove um reajuste na tarifa vigente a fim de corrigir seu valor pelo índice de inflação acumulado no último ano. Além disso, nesse processo a Aneel aplica um fator de ajuste que visa compartilhar com seus consumidores o ganho de eficiência obtido pela empresa e, com isso, diminuir o impacto do índice de reajuste anual.
Entendendo a conta
A tarifa de energia elétrica é composta por custos da distribuição, que formam a Parcela B da tarifa; e os custos de transmissão e geração de energia, além de encargos e impostos, chamados de Parcela A.
De forma didática, pode-se comparar a conta de energia a uma pizza, em que o valor total se divide em fatias que vão para os respectivos órgãos e empresas responsáveis pelos serviços.
Desta forma, considerando o agrupamento das concessões, a divisão da fatura de energia elétrica fica assim: do total da fatura, 25% ficam com a distribuidora. O restante é dividido com geradoras (31%) e transmissoras (11%). Encargos e tributos do governo respondem por cerca de 33%. Ou seja, em uma conta de R$ 100, a Energisa fica com R$ 25 para realizar investimentos e fazer toda a operação e manutenção de suas redes. Os outros R$ 75 são repassados a outros agentes.
Agrupamento das concessões
Aprovado pela Aneel, por meio da Resolução Normativa 12.177/2022, o agrupamento das concessões – Energisa Minas Gerais e Energisa Nova Friburgo - proporcionará, no médio e longo prazo, ganhos de eficiência e redução de custos capazes de gerar benefícios diretos aos consumidores, uma vez que estes fatores são considerados pela Aneel na composição das tarifas. Esse é o primeiro reajuste tarifário da Energisa Minas Rio, já considerando a nova área de concessão de energia elétrica agrupada pela Aneel.
Desconto e negociação
A Energisa está oferecendo aos consumidores condições especiais para facilitar o pagamento da fatura de energia. Um dos exemplos é a negociação de contas em atraso em até 24 vezes, inclusive por meio de cartão de crédito, que pode ser feito pelos canais de atendimento: WhatsApp da Gisa, aplicativo Energisa On (disponível nas lojas virtuais) e site energisa.com.br. No caso de clientes que não possuem faturas em atraso, existe a opção do parcelamento por meio da fintech Voltz.
Além dessas alternativas, a Energisa tem intensificado comunicados para atingir os consumidores que têm o direito de receber o desconto da Tarifa Social. Um programa do Governo Federal que pode dar desconto de até 65% na fatura de energia.
Deixe o seu comentário