Com pandemia, vendas online para Dia dos Pais devem crescer 23%

Brasileiros devem gastar cerca de R$ 370 com presente, totalizando R$ 3,15 bi de faturamento
sábado, 08 de agosto de 2020
por Jornal A Voz da Serra
Com pandemia, vendas online para Dia dos Pais devem crescer 23%

A expectativa do e-commerce brasileiro é de crescimento para as vendas de presente de Dia dos Pais, neste ano, em 9 de agosto. De acordo com levantamento da Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABComm)), deve haver alta de 23% nas vendas, gerando faturamento de R$ 3,15 bilhões para o setor.

No início do ano, a expectativa de crescimento era de 18%, mas o valor foi ajustado devido às medidas de isolamento social impostas para conter a transmissão do coronavírus. Os 23% podem ser ainda maiores, já que a projeção considerava que o comércio estaria com menos restrições do que a situação atual.

A organização é essencial para quem deseja que o presente chegue a tempo para o dia dos pais. Para o presidente da ABComm, Maurício Salvador, a pandemia de coronavírus fez com que o tempo médio de entrega aumentasse de seis para oito dias. Em São Paulo, estado que corresponde a 60% das transações do e-commerce no país, o prazo passou de quatro para seis dias.

Para o Chief Marketing Officer (CMO) da Nuvemshop, Luiz Piovesana, o e-commerce está em uma tendência de alta. “A gente consegue entender não só pela data, que puxa o consumo, mas cada vez mais as pessoas estão se acostumando a comprar por e-commerce”, explica. Para ele, a compra de presentes online tem se tornado cada vez mais comum.

“Os novos hábitos forçados precisaram transformar o digital”, afirma. Piovesana diz que a pandemia fez com que algumas empresas se dedicassem mais ao e-commerce e que este aprimoramento continuará depois da fase de isolamento. A Nuvemshop é uma solução tecnológica, com uma plataforma focada no desenvolvimento de lojas virtuais.

De acordo com as estatísticas da Nuvemshop, os presentes mais buscados no Dia dos Pais costumam ser roupas e eletrônicos. Por causa da pandemia, outro setor que tem crescido é o de itens de conforto ou decoração para casa.

Gastos com presentes

Cada brasileiro deve gastar, em média, R$ 370 com presente para o pai. A tendência é que os itens mais vendidos sejam dos setores de informática, celulares e eletrônicos.

O valor médio, segundo Salvador, é menor do que a média anual, de R$ 430. A situação é justificada já que o preço é muito influenciado pela compra de eletrodomésticos por meio de sites, produtos que não costumam ser adquiridos no Dia dos Pais. “Quando a gente fala de presente para os pais, o ticket médio vai ser o mais baixo do mercado”, diz Salvador.

Celebrar ou não a data

Mesmo durante o isolamento social, 57,6% pretendem celebrar o Dia dos Pais, e 21,5% ainda estão na dúvida sobre comemorar ou não, revela pesquisa feita pela Social Miner, em parceria com o Opinion Box. 

Segundo a empresa, dentre os entrevistados das classes A e B, 66,5% pretendem celebrar contra apenas 55,8% da população das classes C,D e E. São números altos que não refletem só a flexibilização do isolamento, mas o grande engajamento que foi possível notar desde o Dia das Mães e o Dia dos Namorados. Destes grupos, 35,9% moram com os pais, e 64,1% não. 

Devido ao coronavírus e, em alguns casos pela dificuldade de acesso, 23,7% devem fazer uma chamada de vídeo no dia 9 de agosto, 20,7% estão dispostos a visitar os pais — número mais elevado que no Dia das Mães, quando apenas 13,4% pretendiam vê-las pessoalmente —, e entre aqueles que não pretendem celebrar a data, 8,8% ainda não querem arriscar um encontro com a família, mesmo com a flexibilização do isolamento.

Quando o assunto é intenção de compra, as expectativas para essa data comercial são as melhores possíveis, especialmente para os e-commerces. Ainda de acordo com o levantamento, 47,8% dos consumidores que estão dispostos a adquirir presentes através de canais digitais — 30,1% em e-commerces, e 17,7% nas redes sociais da marca (Instagram, Facebook e, especialmente, Whatsapp).

No entanto, 32,6% afirmaram que podem desistir da compra se os prazos de entrega forem ruins. A falta de ofertas, tanto em relação ao frete quanto aos produtos, também está entre os motivos.

 

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