Custou, mas chegou. Depois de um mês inteiro (julho) sem praticamente uma gota d’água, a chuva finalmente chegou a Nova Friburgo nesta segunda semana de agosto. A virada do tempo provocou chuvas e rajadas de vento na madrugada desta quarta-feira, 10, depois de uma longa estiagem.
Ao longo desta quarta o tempo deve permanecer nublado, com previsão de mais chuvas e rajadas à noite e de madrugada. A Defesa Civil emitiu alerta neste sentido. A quinta-feira, 11, no entanto, tem chances de amanhecer com sol entre nuvens - previsão que deve se manter pelos próximos dias.
A mudança do clima foi provocada por um forte sistema de baixa pressão criado por um ciclone extratropical no litoral do Sul que avançou nos últimos dias para o Sudeste, associado a uma intensa massa de ar polar que conseguiu finalmente furar o bloqueio atmosférico que mantinha as temperaturas altas e o ar seco em pleno inverno.
Esse fenômeno - uma espécie de frente fria continental - tem grande chance de passar rapidamente e seguir para o alto-mar, arrastado pelos ventos de oeste. O litoral do Rio, no entanto, continua com mar agitado e ondas de até quatro metros na Região dos Lagos.
Nesta quinta, a última superlua do ano
Nesta quinta-feira, 11, se o tempo ajudar, mais uma superlua - a terceira e última do ano - poderá ser observada no céu. Esta Lua Cheia de agosto é conhecida como “Superlua de esturjão” - nesta época o peixe é encontrado em bastante quantidade nos Grandes Lagos da América do Norte, entre Canadá e EUA.
A primeira superlua de 2022 foi a de Morango, em junho, e a segunda, a dos Cervos, em julho.
Superlua significa que o satélite parecerá maior e mais brilhante do que o normal, já que estará próximo ao seu perigeu, o ponto mais próximo da Terra durante sua órbita.
Nesta mesma semana da Superlua de Esturjão, a chuva de meteoros Perseidas, que acontece todos os anos, alcançará seu pico nesta sexta e sábado, 12 e 13 de agosto. Mas o fenômeno é mais visível no Hemisfério Norte; no Brasil, apenas no Norte e no Nordeste.
Um dos 3 julhos mais quentes do mundo
Um verão de calor extremo no Hemisfério Norte, com temperaturas de 40 graus em lugares frios da Europa, incêndios florestais devastadores, inverno quente no Brasil: este foi o resumo global de julho, segundo o Climatempo. Foi um dos três julhos mais quentes já registrados no mundo.
A conclusão foi baseada nos cálculos do Copernicus Climate Change Service, do Centro Europeu de Previsões Meteorológicas de Médio Prazo (ECMWF), e divulgada pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) nesta terça-feira, 9. O Copernicus publica boletins climáticos mensais informando sobre as mudanças observadas na temperatura global do ar à superfície, cobertura de gelo marinho e variáveis hidrológicas. A OMM usa dados do ECMWF e outros conjuntos de dados reconhecidos internacionalmente para seus relatórios sobre o estado do clima global.
A temperatura média global ficou cerca de 0,4 graus acima da referência para julho, considerando o período de 1991 a 2020. Julho de 2022 foi ligeiramente mais frio que julho de 2019 e ligeiramente mais quente que julho de 2016.
Em uma coletiva de imprensa em 18 de julho, o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas, disse que as ondas de calor na Europa se tornarão mais frequentes, mais intensas e durarão mais.
Novas ondas de calor e estiagem ainda estão sendo esperados até o fim de agosto e começo de setembro em partes da Europa.
A extensão do gelo marinho da Antártida atingiu seu valor mais baixo para julho em 44 anos de registros de dados de satélite, 7% abaixo da média de 1991-2020 para julho e bem abaixo do extensão mínima de gelo de julho de 2021. Já a extensão do gelo marinho do Ártico ficou 4% abaixo da média, ocupando o 12º lugar mais baixo para julho no registro do satélite, mas bem acima dos baixos valores de julho observados em 2019-2021.
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