Nos últimos dois meses, os friburguenses tiveram alguns transtornos com os temporais, um prenúncio do que pode vir por aí com a proximidade do verão, época de das tradicionais chuvas fortes, de perigo e medo para os moradores das áreas de risco e de toda a população friburguense que vai relembrar no início do próximo ano os dez anos da pior tragédia climática da história do país.
Em 28 de outubro, um temporal, com granizo, após um dia de muito sol e calor pegou os friburguenses de surpresa e causou transtornos e estragos pela cidade. A Prefeitura de Nova Friburgo informou, na ocasião, que a Defesa Civil registrou, pelo menos, três ocorrências nos bairros Chácara do Paraíso, Santo André e em Furnas, estes dois últimos, no distrito de Conselheiro Paulino. Quatro pessoas ficaram desalojadas.
Ainda de acordo com a Defesa Civil, vários imóveis foram atingidos pelo temporal de granizo, sendo o distrito de Conselheiro Paulino um dos locais que mais teve ocorrências. Moradores relataram ter ficado cerca de três horas sem energia. Em um vídeo de aproximadamente 30 segundos que circulou nas redes sociais é possível ver alguns efeitos dos ventos fortes durante a tempestade, como a queda de uma árvore que atingiu um carro estacionado na Avenida Roberto Silveira. Ninguém ficou ferido. A chuva de granizo também danificou mais carros e telhados e causou alagamentos em diversos locais.
No ano passado, em 22 de dezembro, uma forte chuva fez ceder parte da Rua Jerônimo de Castro e Souza, no Loteamento Tiradentes, no distrito de Amparo. Quase um ano depois, a rua não foi recuperada e os moradores anseiam pelo início das obras que já deveriam ter começado. A chuva também prejudicou grande parte da Estrada Velha de Amparo e outras vias daquela região.
No início deste ano, as ruas Raul Veiga, no bairro Olaria, e Maria José Dutra de Castro, no Vale dos Pinheiros também foram impactadas com as chuvas. Nas duas localidades, enormes crateras se abriram e deixaram as vias interditadas por quase três meses.
As chuvas de verão e suas consequências são alguns dos muitos desafios que o prefeito eleito Johnny Maycon terá que enfrentar a partir de 1º de janeiro de 2021. Segundo Johnny, será preciso dar atenção especial às chuvas e as possibilidades de desastres naturais, já que a instabilidade climática é rotineira e demanda pronta resposta.
“Com relação à essa situação, isso tem se acumulado de governo em governo. É impossível resolvermos essa temática para esse verão. Nós vamos criar, através de uma equipe técnica, projetos para todas as obras e intervenções necessárias de infraestrutura no Centro e nos demais bairros da cidade. Tendo esse projeto em mãos e já sabendo a estimativa de valores, vamos buscar recursos junto ao Governo do Estado e a União”, anunciou o prefeito eleito.
Johnny também manifestou o desejo de arrecadar recursos próprios para investir em infraestrutura. “Paralelamente a isso, temos que ter um plano B. Basta o município se planejar para que progressivamente sejam destinados recursos para iniciar essas intervenções”, complementou.
O prefeito eleito de Nova Friburgo ainda alertou para a falta de investimentos na Secretaria de Defesa Civil e em outros setores. “Vamos fazer um trabalho de prevenção, desde as nossas unidades educacionais, que está prevista na Lei Orgânica, equipando melhor a Secretaria de Defesa Civil, que tem papel fundamental nessas ações de prevenção. O último orçamento para a Defesa Civil foi de pouco mais de R$ 700 mil, só que mais de R$ 500 mil foram consumidos com a folha de pagamento, ou seja, não sobrou quase nada para uma secretaria de tamanha importância”, ressaltou.
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