Câmara vai recorrer de decisão que anulou reprovação das contas de Bravo

Elegibilidade do prefeito depende da Justiça Eleitoral, que analisa ação do MP Eleitoral baseada no Legislativo
segunda-feira, 05 de outubro de 2020
por Jornal A Voz da Serra
A Câmara Municipal de Nova Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)
A Câmara Municipal de Nova Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)

A novela envolvendo a votação das contas da Prefeitura de Nova Friburgo referente ao exercício de 2018 ganharam novo capítulo na noite da última sexta-feira, 2, quando a juíza titular da 2ª Vara Cível de Nova Friburgo, Fernanda Sepúlveda Terra Cardoso Barbosa Telles, aceitou o pedido do prefeito Renato Bravo, concedendo uma liminar que anulou os efeitos da sessão ordinária do Legislativo friburguense realizada em 27 de agosto e que resultou na reprovação das referidas contas.

De acordo com a decisão, deve “haver a redesignação deste ato pela casa legislativa para a data que reputar conveniente, mediante a prévia e correta notificação/intimação do prefeito sobre a nova data, em respeito ao devido processo legal”.

Já na manhã desta segunda-feira, 5, A VOZ DA SERRA entrou em contato com a Câmara de Vereadores de Nova Friburgo em busca de um posicionamento do Legislativo com relação à decisão judicial. Por meio de nota, a casa legislativa informou o seguinte: “A Câmara Municipal de Nova Friburgo informa que, com relação à decisão liminar concedida pela juíza da 2ª Vara Cível de Nova Friburgo, Fernanda Sepúlveda, que anula a sessão ordinária que votou o processo de contas referente ao exercício de 2018, irá interpor o competente recurso, sem prejuízo de outras medidas que estão sendo estudadas afetas ao processo. Enquanto isso, a pauta das sessões ordinárias continua aberta normalmente para as matérias legislativas”.

Relembre o caso

Em 27 de agosto, por 17 votos a três, a Câmara de Vereadores de Nova Friburgo reprovou em plenário as contas da Prefeitura de Nova Friburgo referentes ao exercício de 2018. O voto dos parlamentares seguiu o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), que já havia rejeitado as contas do prefeito Renato Bravo.

Para o TCE, a prefeitura realizou a abertura de créditos adicionais de R$ 194.971.892,45, ultrapassando, assim, o limite estabelecido na Lei Orçamentária Anual (LOA) em R$ 27.524.771,75, desobedecendo a Constituição Federal. Ainda de acordo com o TCE, também foram identificadas 14 impropriedades que geraram 15 determinações ao Poder Executivo.

Já em 30 de setembro, com base na reprovação das contas pela Câmara, o Ministério Público Eleitoral moveu uma ação de impugnação da candidatura do prefeito Renato Bravo à reeleição. A ação ainda está sendo julgada pela Justiça Eleitoral.

LEIA MAIS

Justiça Eleitoral recebe quase 11 mil denúncias pelo aplicativo

Manifestação política de grupos conservadores ocorreu em meio às comemorações dos 200 anos da Independência

Órgão aguarda esclarecimentos da PGM sobre notícia de fato instaurada para investigar irregularidades em contrato entre prefeitura e empresa

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra