A onda de calor que vem batendo recordes neste fevereiro em grande parte do Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, tem feito os termômetros dispararem até mesmo nas cidades serranas. Em Nova Friburgo, famosa por bater recordes de temperaturas baixas, até mesmo negativas, no outono e no inverno, quem diria, tem enfrentado dias de intenso calor com os termômetros registrando acima de 30 graus e sol pra valer, o dia inteiro. Tem sido assim nos últimos dias e a previsão para esta semana é de dias ainda mais quentes.
(Foto: Henrique Pinheiro)
Nesta segunda-feira, 17, por exemplo, a estação meteorológica do Instituto Friburgo Solidário, localizada no bairro Cordoeira, registrou impressionantes 38,8 graus às 14h37, um recorde. A sensação térmica, ainda de acordo com o Friburgo Solidário, chegou a 43,3 graus. Pouco antes, às 11h52, a mesma estação já havia registrado 32,9 graus anunciando que a segunda-feira seria bem quente, obrigando os friburguenses e turistas a adotarem novos hábitos: roupas leves, muita água, sorvetes e bastante hidratação. Sem contar, ventiladores e ar-condicionados ligados o dia inteiro. Nas ruas, empresas e rodas de conversa, a expressão mais ouvida na cidade foi: “Que calor!!!”
(Foto: Henrique Pinheiro)
No último fim de semana, o verão turbinado fez as cachoeiras e piscinas do municípios permanecerem superlotadas durante todo o dia. Nos arredores do Parque Municipal Juarez Frotté, no bairro Cascatinha, conseguir uma vaga para estacionar o carro foi uma dificuldade, tanto no sábado, 15, como no domingo, 16. Lá dentro, engarrafamento de banhistas nos acessos às cachoeiras e quedas d’água. Valeu de tudo para se refrescar nas correntes geladas. Situação idêntica se observou nas cachoeiras e rios do distrito de Lumiar.
Preparem-se! A previsão para os próximos dias em Friburgo é de mais calor. E intenso, com média (oficiais) de 32 a 36 graus, até a próxima sexta-feira, 21. Não há qualquer possibilidade de chuva no município, segundo os institutos especializados em meteorologia. Felizmente, à noite, a temperatura cai para em torno de 20 a 22 graus, até um pouco menos, durante a madrugada. Viva a Região Serrana!
Caldeirão carioca
Na capital fluminense, a Defesa Civil chegou a emitir alertas via SMS, nesta segunda-feira, com orientações aos cariocas para reforçarem a hidratação e recorrerem aos serviços de saúde em caso de intolerância ao calorão. A prefeitura instalou pontos de hidratação em pontos estratégicos e recomendou às escolas que as aulas de Educação Física ao ar livre fossem suspensas. A Cidade Maravilhosa chegou nesta segunda-feira ao nível 4 de calor extremo (com temperaturas entre 40 e 44 graus por três dias seguidos). A sensação térmica por lá, então, é indescritível.
Chuva para refrescar, só no sul do Brasil, diz o Inmet
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou nota nesta segunda-feira, 17, informando o que os brasileiros tem sentido na pele nos últimos dias: o clima continuará quente em áreas do Sudeste do país, em especial no estado de São Paulo, Minas Gerais; no sul do Espírito Santo e no nordeste do Paraná, além, obviamente, do Rio de Janeiro. “Pontualmente, os termômetros podem ultrapassar os 5 graus acima da média da temperatura do mês”, destacou o instituto.
Já no sul do Brasil, a previsão é de pancadas de chuva que podem ser pontualmente fortes, com aviso laranja de perigo para tempestade nos próximos dias, englobando os três estados da região. A previsão é de chuvas de até 100 milímetros, com ventos de até 100 km/h e possibilidade de queda de granizo”, detalhou o Inmet. Há expectativas de que essas tempestades cheguem ao extremo sul de São Paulo, ao Mato Grosso do Sul, ao Rio Grande do Sul, a Santa Catarina e a áreas do Paraná, com aviso de “perigo potencial e chuvas que podem chegar a 50 milímetros
Nos demais estados brasileiros, há também previsão de chuvas intensas e muita instabilidade em áreas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.“Na faixa norte do país, entre o Amapá e o Maranhão, alcançando ainda o litoral da Paraíba, as chuvas serão motivadas pelo deslocamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mais ao sul, causando volumes que podem chegar a 50 milímetros em precipitações e rajadas de vento de até 60 km/h”, complementa o Inmet. (Com informações da Agência Brasil)
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