AVS, 77 anos: "Todo conteúdo jornalístico é base histórica"

Colunista Gabriel Alves destaca o papel de A VOZ DA SERRA na formação cidadã
sexta-feira, 08 de abril de 2022
por Gabriel Alves
Foto: Henrique Pinheiro
Foto: Henrique Pinheiro

Todo conteúdo jornalístico é base histórica, lembra Gabriel Alves em sua coluna "Educação Financeira". Em Nova Friburgo não é diferente e, juntos, estamos escrevendo a história. Numa semana memorável echeia de comemorações pelos 77 anos do jornal A Voz da Serra, faço questão de relembrar a oportunidade deste espaço: falar sobre finanças pode ser o primeiro passo na construção de algo capaz de mudar a visão popular sobre a forma de se relacionar com o dinheiro.

Não é de hoje, a propósito, a necessidade de buscar aprofundar conhecimentos na área. Afinal, desde a época dos antigos filósofos falava-se em finanças, orçamento doméstico, mercados e economias. A partir disso podemos perceber a relevância do assunto.

Educação financeira tem se tornado projeto. Precisamos falar sobre dinheiro e encará-lo de acordo com o que ele é: uma ferramenta de transação. E ferramentascomo sempre faço questão de lembrar, precisamserbem utilizadas. Aqui entra a necessidade doensino bem programado e com conteúdo pragmático definido; finanças é assunto a ser ensinado nas escolas. O jovem – antes de chegar ao mercado de trabalho – precisa ter, no mínimo, conhecimento básico sobrejuros, custo efetivo total, produtos de créditoe investimentos, tributação e alguns outros pontos específicos para encarar a realidade da autonomia financeira. Isso é segurança; segurança financeira.

Contudo, vemos alguns avanços importantes!

Em Nova Friburgo, por exemplo, educação financeira já é conteúdo obrigatório (ainda que como conteúdo transversal) nas escolas municipais de ensino fundamental de acordo com a Lei Orgânica de 2018. É cumprido? Não sei, mas fica registrada aqui minha explanação e a disponibilidadepara auxiliar na estruturação daimplementação deste conteúdo,(e do cumprimento da lei vigente),para o desenvolvimento positivo da população friburguense.

O assunto ainda tem relevância pouco difundida e é um forte instrumento de política social a ser explorada, mas com enorme potencialde redução da desigualdade. Em 2019, antes de ser criada uma lei estipulando o limite máximo de taxas nesta modalidade de crédito, o Santander (instituição com as maiores taxas da época) cobrava mais de 400% de juros ao ano sobre saldos devedores no ChequeEspecial; a alternativa mais utilizada pela população brasileira. Isso é inadmissível e a população precisa ter conhecimento suficiente para combater estas práticas abusivas!

Percebe como o conhecimento financeiro pode ser – simultaneamente – política deeducação e segurança? Com o desenvolvimento desta única frente, a formação cidadã abre espaçoparaa qualidade de vida. Nós; você, eu e o A Voz da Serra estamos cumprindo nosso papel diante de um cenário instável e cheio de possibilidades. Portanto, vamos em frente!

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