A sociedade tem uma forte ligação com a arte, seja ela traduzida em pintura, fotografia, literatura, música, dança, teatro, cinema, circo, cartum, charge, desenho etc. Muitas vezes, essa ligação é inconsciente e por isso nunca paramos para pensar sobre qual é o verdadeiro papel da arte na construção da sociedade.
Para Platão (Atenas 427-347 a.C), por exemplo, “a música é um meio mais poderoso do que qualquer outro porque o ritmo e a harmonia têm a sua sede na alma (razão). Ela enriquece, confere-lhe a graça e ilumina aquele que recebe uma verdadeira educação”.
Pela arte, pensamentos tomam forma e ideais de culturas e etnias têm a oportunidade de serem apreciados pela sociedade no seu todo. Assim, o conceito de arte está ligado à história do homem e do mundo, porém não está preso necessariamente a determinado contexto, é essencialmente mutável.
Para exemplificar, voltemos algumas décadas no tempo e analisemos como a arte era entendida antigamente. Como nossos bisavôs definiriam a arte?
Possivelmente, na época deles, fosse difícil pensar em uma arte digital, ou no desenvolvimento de uma ciberarte (manipulação das novas tecnologias e mídias atuais para a construção de objetos artísticos), mas hoje esse fator é determinante para compreendermos a arte num sentido mais amplo e completo.
Tudo passa pelas tecnologias e a humanidade está marcada pelos desafios políticos, econômicos e sociais decorrentes de uma nova configuração da realidade, em que campos da atividade humana estão utilizando intensamente as redes de comunicação e a informação computadorizada.
Formas de ver e fazer arte
O conceito de obra de arte é uma construção social, não pode ser um trabalho isolado. A arte possibilita um diálogo com quem a observa, cria situações que podem se tornar desafiantes para o apreciador e, algumas vezes, os materiais utilizados na própria composição propõem uma reflexão sobre o significado da arte.
Um novo tipo de sociedade condiciona um novo tipo de arte. Porque a função da arte varia de acordo com as exigências colocadas pela nova sociedade; porque uma nova sociedade é governada por um novo esquema de condições econômicas; e porque mudanças na organização social e, portanto, mudanças nas necessidades objetivas dessa sociedade, resultam em uma função diferente de arte.
Contudo, a arte está ligada aos fatores históricos e sociais, mas dialoga ativamente com nossa sociedade, criando os estilos de época, e acompanhando a evolução do homem e da tecnologia.
Quando se lida com as formas em artes visuais convive-se habitualmente com as relações entre superfície, espaço, volume, linhas, cores e a luz. Cada um desses elementos tem suas próprias possibilidades expressivas e são ricos em significados, tanto em si mesmo como em relação aos demais. E todos eles são intermediados pelos autores e observadores ao se utilizarem de métodos e técnicas específicas para produzi-las e percebê-las.
Muitas vezes, o primeiro contato que os indivíduos têm com a arte é na escola, nas aulas de arte, obrigatórias no currículo do ensino fundamental. Espera-se que os estudantes, nestas aulas, vivenciem intensamente o processo artístico, a fim de contribuir significativamente em seus modos de fazer técnico, de representação imaginativa e de expressividade. Ao mesmo tempo, espera-se também que aprendam sobre os artistas e obras de arte de diferentes períodos, complementando assim seus conhecimentos na área.
A arte foi e é sinônimo de expressão de sentimentos, emoções, revoltas, traumas. Nossa forma de ver a arte ou de fazer arte revela a compreensão que temos do mundo.
(Fonte: portaleducacao.com.br/)
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