Alerj, Defensoria e OAB discutem redução de mensalidades escolares

Videoconferência debateu as dificuldades enfrentadas tanto pelos alunos quanto pelas instituições de ensino privadas
sexta-feira, 24 de abril de 2020
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

Em reunião, por videoconferência, os presidentes das comissões de Ciência e Tecnologia, deputado estadual Waldeck Carneiro (PT), e de Educação, deputado Flávio Serafini (Psol), da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), se reuniram com os representantes da Comissão de Defesa Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RJ), Ricardo Monteiro, e do Núcleo de Defesa do Consumidor da Defensoria Pública do Estado do Rio, Eduardo Tostes, debateram medidas que poderão ser tomadas em relação às mensalidades das instituições de ensino privadas do Estado enquanto as aulas presenciais não forem retomadas devido a pandemia do coronavírus. 

Propostas

  • Reafirmar o princípio do direito de escolha por parte do consumidor sem penalidade. Isso significa que, caso uma família decida rescindir o contrato com a escola e o aluno não queira dar sequência ao seu curso de forma remota, decidindo pelo trancamento da matrícula, não pode ser penalizado com algum tipo de multa;

  • Assegurar aos estudantes a reposição das aulas - para que alunos não percam os conteúdos pedagógicos - em função de duas circunstâncias: ou porque as aulas foram suspensas em determinadas instituições, ou então nas situações em que determinadas disciplinas, conteúdos ou áreas do conhecimento não puderam ser oferecidas pela modalidade remota;

  • Reduzir as mensalidades, descobrindo um melhor indicador para diferenciar o porte econômico dos estabelecimentos de ensino. O balanço com o lucro líquido acumulado a partir de um determinado intervalo de tempo a ser estabelecido seria uma opção, já que o número de alunos é uma variável que não transmite tanta informação;

  • Ainda em relação às mensalidades, criar diretrizes e parâmetros para decidir a redução em mesas de negociações a fim de que não haja necessidade de o Poder Judiciário fixar estes parâmetros

  • Criar um canal oficial de comunicação com as escolas e instituições de ensino superior (e-mail), para alunos e órgãos públicos com prazo de resposta máximo (até sete dias), sob pena de sanção pelo Procon;

  • Criar uma Ouvidoria da Alerj para receber as demandas de alunos e pais.

LEIA MAIS

Decisão foi anunciada durante audiência pública que discutiu o projeto de lei 2.052/2020, que propõe a redução das mensalidades durante a pandemia

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TAGS: mensalidades