Na tarde desta segunda-feira, 22, a Secretaria de Comunicação (Secom) da Prefeitura de Nova Friburgo realizou uma coletiva on-line com o secretário municipal de Saúde e vice-prefeito, Marcelo Braune; a subsecretaria de Vigilância em Saúde, Fabíola Penna; o gerente de Vigilância em Saúde, Ricardo Fazolli: e a subsecretária de Atenção Básica do município Ariádina Heringer. A saída do secretário estadual de saúde, Fernando Ferry, na manhã desta segunda-feira, foi um dos principais assuntos da coletiva, assim como um estudo da Secretaria de Estado de Saúde (SES) com a recomendação para que os hospitais de campanha atrasados não sejam mais abertos (veja reportagem na página 4 desta edição). Segundo Marcelo Braune, o município não pode interpelar para que a decisão seja revertida.
“No momento da saída do secretário anterior foi divulgado que estariam abandonando o projeto (dos hospitais de campanha). A estrutura em Friburgo está muito boa e avançada com a chegada recente de respiradores e a ampliação dos leitos de Covid. Eu ainda tenho esperança de que o Estado possa reverter essa ideia de desistir dos hospitais de campanha. Mesmo que demore mais um pouco. Teríamos uma folga com relação a atendimento regional muito boa. Nós solicitamos ajuda do Judiciário com relação a esse assunto. Talvez esse seja o caminho”, explicou o secretário.
Outro assunto debatido foi a flexibilização. O município está na expectativa para decisão favorável do Tribunal de Justiça. De acordo com o Ministério Público Estadual e Defensoria Pública, um dos requisitos para a retomada gradual é a elaboração, por parte do município, de um estudo técnico com dados que contenham indicadores favoráveis ao afrouxamento das medidas restritivas.
Marcelo Braune informou que a Associação Comercial apresentou à prefeitura, em maio, um estudo feito pelo engenheiro mecânico Rafael Spinelli. “Ele procurou a prefeitura para informar de um estudo que aponta esses índices, mas a partir do momento que se tem ‘um número pequeno’ de óbitos em relação a outros municípios e estados são números cada vez menores de pessoas precisando de UTI, mesmo com a dificuldade de manter as pessoas em casa. Eu não entendo o porquê de muitos gráfico e números”, disse.
“Temos feito vários trabalhos intersetoriais. O Rafael Spinelli nos passou um trabalho feito por consultoria, mas também temos indicadores que são considerados como taxa de incidência, novos casos, ocupação hospitalar, ampliação de leitos e plano de contingência. Esses indicadores estatísticos são importantíssimos. Nossos indicadores de saúde coletiva como um todo, tanto relacionada a hospitais, ao centro de triagem, leitos e ampliação deles, são mais importantes do que, por exemplo, taxa de isolamento social, quantidade de testagem. Não adianta ter muitas pessoas testadas e não ter onde colocar aqueles que necessitam de leito. É uma constituição de indicadores que são necessários para que a gente considere isso”, pontuou Fabiola Penna.
Força-tarefa
odrigo Fazolli apresentou números da Força Tarefa no município. Desde 11 de maio, o grupo, composto por vários setores da prefeitura, realizou 317 ações. “Foram 85 interdições totais, 45 interdições parciais, 61 advertências verbais, 70 intimações, 37 denúncias improcedentes, seis locais não encontrados e 13 fechados, em que a fiscalizou chegou, mas o local não estava aberto”, listou Rodrigo, que complementou dizendo que as ações foram centralizadas na Ouvidoria da Força Tarefa e que através das denúncias feitas pelo site e pelo Whatsapp foi possível organizar o plano de trabalho. A Força Tarefa trabalha de segunda a sexta e tem esquema de plantão aos finais de semana e feriado e, segundo Fazolli, os principais alvos de denúncias foram bares e confecções.
Testagem e Hemocentro
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde informou que o município já recebeu 6.140 testes rápidos do Estado e vai adquirir 300 testes de PCR. Segundo Fabíola Penna, já foram realizados 142 testes em moradores. Este número não leva em conta os profissionais de saúde que foram testados.
Por conta do medo da população em ir à hospitais, o hemocentro regional, que funciona anexo ao Raul Sertã, está com o estoque baixíssimo e a prefeitura programa uma ação no dia 18 de julho, um sábado, para que estimular a população a doar.
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