Com a chegada da época de temperaturas mais baixas, cresce a preocupação de veterinários em relação ao aumento de doenças respiratórias em animais de estimação. O frio, embora não seja a causa direta das infecções, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e bactérias, especialmente em ambientes fechados e com pouca circulação de ar.
Entre as enfermidades mais comuns nos períodos frios estão a traqueobronquite infecciosa canina, conhecida como “tosse dos cães”, e a rinotraqueíte felina, ambas altamente contagiosas e com sintomas que podem se agravar sem tratamento adequado. A bronquite também é uma condição frequente e pode representar risco à saúde do animal caso não seja diagnosticada precocemente.
Sintomas como tosse, espirros, secreções nasais ou oculares, perda de apetite, tremores e dificuldade respiratória são indicativos de possíveis problemas respiratórios. Raças de cães com focinho curto, como pug, shih-tzu, buldogue e boxer, além de gatos persas, estão entre os mais suscetíveis, devido à anatomia das vias aéreas. Em caso de sintomas ou alterações no comportamento, a orientação é procurar atendimento veterinário.
Dicas para proteger o pet da onda de frio
1. Manter a carteira de vacinação em dia
As vacinas são a única forma de proteger cães e gatos de infecções respiratórias e outras doenças que se tornam mais comuns no inverno. A gripe canina pode ser prevenida pela vacinação. Para os gatos, a vacina polivalente protege de problemas de saúde graves. Cães também precisam tomar três doses da vacina polivalente quando filhotes e receber uma dose de reforço todos os anos para se proteger da cinomose.
2. Providencie um local adequado para proteger seu pet
Se ele ou ela costumam ficar dentro de casa, coloque a caminha em local onde a temperatura seja mais agradável. Se o seu animal dorme fora de casa, providencie uma casinha, que garanta abrigo adequado e isolado do frio.
3. Avalie a necessidade de usar roupinhas
Se ainda for necessário reforçar a proteção, você pode optar pelas roupinhas. Mas só considere essa opção se o seu animal se sentir confortável, nem todos se adaptam. Animais com pêlo mais longo precisam ser escovados diariamente para evitar que “enrosque” dentro da roupa. E também não esqueça de verificar se o tamanho é adequado para o porte do cachorro ou gato.
4. Adapte a rotina de banho e passeio
Pode dar banho no inverno? Pode, mas não precisa ser toda semana e muito menos com água gelada. Procure um local mais abrigado e verifique se a temperatura da água está morna, também não pode estar muito quente.
Logo depois do banho você precisa secar bem, evitar passeios ou exposição ao frio. Também não exagere. Banhos com muita frequência podem contribuir para o surgimento de doenças de pele.
5.Cuidado redobrado com filhotes e velhinhos
Os cãezinhos e gatinhos com até um mês de vida e os mais velhos não têm controle de temperatura próprio e podem sofrer hipotermia com mais facilidade.
6. Manejo nutricional adequado
O manejo nutricional adequado desempenha um papel crucial no bem-estar dos cães e gatos durante os dias mais frios do ano. No inverno, os animais podem enfrentar uma demanda energética maior, devido à necessidade de manter a termorregulação corporal.
É importante, portanto, compreender individualmente essa demanda, ajustando a alimentação do seu paciente para atender às suas necessidades específicas. Além das calorias, é fundamental garantir que os pets recebam todos os nutrientes essenciais através de uma dieta balanceada e de excelente qualidade, que inclua proteínas de alta absorção, vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais.
7. Hidratação
Manter uma hidratação adequada também é um importante cuidado com o pet no inverno. Os animais podem ter uma tendência a beber menos água quando as temperaturas estão mais frias, o que pode levar à desidratação.
Portanto, pode ser indicado espalhar mais bebedouros pela casa para garantir o acesso fácil a água fresca e limpa, assim como introduzir alimentos úmidos na dieta.
8. Permaneça com os exercícios físicos
Nos dias frios, nossa tendência é ficar embaixo das cobertas e descansar. Mas é importante que seu pet se mantenha ativo, para evitar o sobrepeso, gastar a energia acumulada e reduzir o estresse.
Para que a atividade fique mais agradável, realize os passeios ao ar livre nos horários em que a temperatura estiver mais alta. Você também pode estimular seu pet sem sair de casa: brincadeiras como esconde-esconde e caça à comida podem ser feitas no quintal e são bem-vindas.
* Reportagem da estagiária Laís Lima baseada em informações dos portais Meu Pet e Veja. Supervisão de Henrique Amorim
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