Inea abre consultas públicas sobre criação de duas RPPNs na Região Serrana do Rio

Uma das reservas é a Itororó, em Nova Friburgo, com prazo para consulta até o dia 11 de janeiro
quinta-feira, 02 de janeiro de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: INEIA)
(Foto: INEIA)

O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) recebe nas próximas semanas, manifestações para a consulta pública sobre a criação das Reservas Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Itororó, em Nova Friburgo, até dia 11 (sábado), e Remanso do Rocio situada em Petrópolis, até segunda-feira, dia 6.

A consulta pública está disponível no site do órgão ambiental estadual (www.inea.rj.gov.br) e as manifestações devem ser encaminhadas para o Serviço de RPPN, no e-mail: inea.rppn@gmail.com.

A área proposta para criação da reserva em Petrópolis está localizada no bairro Fazenda Inglesa e é contígua à Reserva Biológica Estadual de Araras (Rebio Araras), unidade de conservação administrada pelo Inea. A RPPN proposta abrange 2,05 hectares de Mata Atlântica que abriga uma rica biodiversidade, e contribui para a manutenção de serviços ecossistêmicos na região.

A pasta ambiental também abriu uma outra consulta pública para a criação da RPPN Itororó, em Nova Friburgo. A consulta pública está disponível no site do Inea e recebe, até o próximo sábado, dia 11, as manifestações da sociedade, que devem ser encaminhadas para o  Serviço de RPPN do Inea, no e-mail: inea.rppn@gmail.com.

Com 10,89 hectares de Mata Atlântica, essa futura RPPN abriga densa diversidade biológica. Em relação à flora nativa, há ocorrência de espécies ameaçadas como o samambaiaçu ou xaxim(Dicksonia sellowiana), classificada como Em Perigo  (Lista Federal, MMA, 2022);  e a palmeira-jussara (Euterpe edulis), classificada como Vulnerável (Lista Federal, MMA, 2022). No que se refere à fauna selvagem, há registros de irara (Eira barbara), paca (Cuniculus paca), ouriço-cacheiro (Coendou spinosus), teiú (Salvator meriana) e caxinguelê (Guerlinguetus brasiliensis).

Reconhecidas pelo poder público em propriedade privada, a partir de iniciativa voluntária de seus proprietários, as RPPNs são averbadas junto ao Registro Geral de Imóveis (RGI), reconhecimento esse que passa a acompanhar em caráter perpétuo a vida da propriedade.

Essas reservas, quando reconhecidas pelo Inea, são consideradas unidades de conservação de proteção integral, conforme estabelecido pelo decreto estadual nº 40.909/2007, sendo permitida apenas a realização de atividades de educação ambiental, turismo e pesquisa científica. Esse mesmo decreto instituiu o Programa Estadual de Apoio às RPPNs, que é coordenado pelo Serviço de RPPN do Inea.

Por meio desse programa, o órgão ambiental estadual oferece suporte técnico e orientações aos proprietários interessados na criação e implementação das reservas, elaboração de planos de manejo, apoio no georreferenciamento dos imóveis e RPPNs, emissão de autorizações de pesquisa e inscrição no Cadastro Ambiental Rural-CAR. Atualmente, 9.310 hectares de Mata Atlântica estão protegidos por 114 RPPNs reconhecidas pelo Inea.

 

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