A tradicional ceia de Natal tem perua e não peru

Como o macho cresce mais do que a fêmea, ele é criado para outros tipos de alimentos
segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

O tradicional peru assado comum nas ceias de Natal, não é peru! Apesar de o macho levar a fama, quem realmente vai para o forno é a fêmea. A explicação disso está na diferença de tamanho entre as aves. 

As peruas crescem menos que os machos e, por isso, é mais vantajoso para os produtores comercializar o peru no mercado de pedaços, explica o pesquisador Elsio Figueiredo, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Suínos e Aves. O Brasil produz anualmente cerca de 160 mil toneladas de carne de peru com exportação de cerca de 26% e consumo interno de 74%.

Mas há outras curiosidades envolvendo o cardápio natalino. No caso do Chester, acontece o oposto: o principal produto é o macho. Isso acontece porque as fêmeas são menores e acabam sendo vendidas como um produto para o dia a dia. Apesar disso, para o frango atingir o tamanho ideal, o produtor faz uma seleção genética, priorizando as características desejadas da ave.

Sobre a criação desses animais

A ração é a mesma, mas o desenvolvimento é diferente: os perus e as peruas são criados separadamente, para evitar que o macho coma todo o alimento sozinho. Esse comportamento pode acontecer quando ele fica maior do que a fêmea. O peru consegue ganhar cerca de 10 kg a mais, consumindo a mesma quantidade de ração.

A vida das peruas é mais curta: o abate das fêmeas acontece quando elas têm por volta de 10 semanas de idade, época em que ultrapassam os 5 kg de peso, gerando uma carcaça de 4 kg, ideal para o Natal. No entanto, fugir da ceia não significa que os perus escapem do abate. Eles vivem até 20 semanas, chegando a 25 kg. A sua carne é usada no setor de pedaços, para fazer peito de peru, salsicha, produtos defumados, entre outros.

Algumas fêmeas são criadas para o mesmo fim que os machos. Neste caso, elas são encaminhadas para o mercado de pedaços após 20 semanas, período em que atingem o peso de 15 kg. Contudo, o inverso não ocorre: o macho raramente é vendido inteiro.

Por que a ave é tão cara? A razão disso está no começo da linha de produção, uma vez que os pintos e os ovos da espécie custam mais, explica o pesquisador da  Embrapa. O motivo de o pinto e de o ovo serem caros é que a fêmea coloca poucos ovos. De acordo com Figueiredo, uma galinha comum põe cerca de 180 ovos; a perua, apenas 80.

(Fonte: g1)

 

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: