O Jubileu do Ano Santo de 2025

A Voz da Diocese

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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Às portas do início de mais um Ano Santo – o Jubileu de 2025 – proclamado pelo Papa Francisco para a Igreja no mundo inteiro, apresentamos este subsídio para ajudar todo o Povo de Deus em nossa Diocese a vivenciar e celebrar com esperança este tempo de graça à luz do significado e história do Jubileu na vida da Igreja; a indicação de sete igrejas paroquiais em nossa diocese para a peregrinação durante o ano santo e para receber a indulgência plenária; e a explicação da Cruz que permanecerá durante o ano jubilar no presbitério da Catedral.

No próximo dia 29, todos os presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas, leigos e leigas, estão vivamente convocados e convidados a celebrar a abertura diocesana do ano jubilar, com início às 15h, no Colégio N.S. das Dores, com a missa presidida pelo nosso bispo D. Luiz Antônio Lopes Ricci.

 

O Jubileu

O “Jubileu” é o nome de um ano particular: deriva do instrumento que se usava para indicar o seu início; trata-se do yobel, o chifre do carneiro, cujo som anuncia o Dia da Expiação (Yom Kippur). Esta festa recorre a cada ano, mas assume um significado especial quando coincide com o início do ano jubilar.

Encontramos uma primeira ideia na Bíblia: o ano jubilar tinha que ser convocado a cada 50 anos, já que era o ano “extra”, a mais, que se vivia cada sete semanas de anos (cf. Lv 25,8-13). Ainda que fosse difícil de realizar, foi proposto como ocasião para restabelecer uma correta relação com Deus, entre as pessoas e com a criação, e implicava a remissão de dívidas, a restituição de terrenos arrendados e o repouso da terra. Citando o profeta Isaías, o evangelho de Lucas descreve desta forma também a missão de Jesus: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu para anunciar a boa nova aos pobres. Enviou-me a proclamar a redenção aos cativos e a vista aos cegos, a restituir a liberdade aos oprimidos, a proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19; cf. Is 61,1- 2).

Estas palavras de Jesus tornaram-se também ações de libertação e de conversão no quotidiano dos seus encontros e das suas relações. Bonifácio VIII em 1300 proclamou o primeiro Jubileu, também chamado de “Ano Santo”, porque é um tempo no qual se experimenta que a santidade de Deus nos transforma. A sua frequência mudou ao longo do tempo: no início era a cada 100 anos; passou para 50 anos em 1343 com Clemente VI e para 25 em 1470 com Paulo II. Também há jubileus “extraordinários”: por exemplo, em 1933 Pio XI quis recordar o aniversário da Redenção e em 2015 o Papa Francisco proclamou o Ano da Misericórdia.

A forma de celebrar estes anos também foi diferente: na sua origem, fazia-se a visita às Basílicas romanas de São Pedro e São Paulo, portanto uma peregrinação, mais tarde foram-se acrescentando outros sinais, como a Porta Santa. Ao participar no Ano Santo, vive-se a indulgência plenária.

 

Como chegar às sete igrejas da Diocese para a Peregrinação

Vicariato Sede: Catedral São João Batista e Paróquia Sant’ana de Japuíba, em Cachoeiras de Macacu; Vicariato Norte: Paróquia São José de Leonissa, em Itaocara, e Santuário do Santíssimo Sacramento, em Cantagalo; Vicariato Litoral: Paróquias N.S. da Conceição, em Rio das Ostras; N.S. de Fátima, em Macaé, e N.S. da Glória, em Carapebus.

 

As Indulgências

A indulgência é uma manifestação concreta da misericórdia de Deus, que transcende os limites da justiça humana e as transforma. Este tesouro de graça tornou-se história em Jesus e nos santos: olhando para esses exemplos, e vivendo em comunhão com eles, a esperança de perdão e para a própria jornada de santidade se fortalece e se torna certeza. A indulgência permite libertar o coração do fardo do pecado, para que a reparação devida possa ser dada em total liberdade.

Concretamente, essa experiência de misericórdia passa por algumas ações espirituais que são indicadas pelo Papa. Aqueles que, por doença ou não, não podem se tornar peregrinos, no entanto, são convidados a participar do movimento espiritual que acompanha este ano, oferecendo seu sofrimento e seu cotidiano e participando da celebração eucarística. Disponível em: https://www.iubilaeum2025.va/pt/giubileo-2025/segni-delgiubileo/indulgenza.html

“De fato, a indulgência permite-nos descobrir como é ilimitada a misericórdia de Deus. Não é por acaso que, na antiguidade, o termo «misericórdia» era cambiável com o de «indulgência», precisamente porque pretende exprimir a plenitude do perdão de Deus que não conhece limites. O sacramento da Penitência assegura-nos que Deus apaga os nossos pecados. Vêm à mente, com toda a sua carga de consolação, estas palavras do Salmo: “É Ele quem perdoa as tuas culpas e cura todas as tuas enfermidades. É Ele quem resgata a tua vida do túmulo e te enche de graça e de ternura. (…) O Senhor é misericordioso e compassivo, é paciente e cheio de amor. (…)” (Spes non Confundit n. 23)

 

Condições para lucrar a indulgência plenária

Os fiéis que visitarem as Igrejas designadas deverão participar de uma das seguintes práticas: Santa Missa, Celebração da Palavra de Deus, Liturgia das Horas (Ofício de Leituras, Laudes ou Vésperas), Via-Sacra, Rosário Mariano, Hino Akathistos, Celebração penitencial, concluída com a confissão individual. Além disso, a indulgência também pode ser obtida pelos fiéis que, durante visita individual ou em grupo às igrejas jubilares, dediquem tempo à Adoração Eucarística e à Meditação, encerrando com a oração do Pai-Nosso, a Profissão de Fé e invocações à Virgem Maria, Mãe de Deus.

 

Fiéis impossibilitados de participar presencialmente

Àqueles que, por motivos graves, não puderem participar presencialmente das celebrações ou peregrinações – idosos, enfermos, pessoas em reclusão ou aqueles que cuidam continuamente de doentes –, será concedida a indulgência plenária ao unirem-se espiritualmente aos fiéis presentes, e comunhão Eucarística, rezando segundo as intenções do Papa. Para isso, devem acompanhar as transmissões das celebrações pelos meios de comunicação e, em seus locais de permanência (capelas, hospitais ou prisões), rezar o Pai-Nosso, a Profissão de Fé e outras orações voltadas às intenções do Ano Santo, oferecendo seus sofrimentos e dificuldades a Deus.

Fonte: Coordenação Pastoral Diocesana

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