Comemorado neste domingo, 15, a profissão de jardineiro, apesar de antiga, só passou a ter importância econômica no país nas últimas três décadas. Estes profissionais da natureza prestam serviços em vários lugares, desde residências e clínicas até parques, praças públicas e viveiros de produção de mudas.
A tendência na arquitetura das residências que inspirou as pessoas a receberem amigos e familiares em jardins construídos ao redor das casas, tornou imprescindível a presença do profissional da jardinagem na implantação e manutenção destes espaços. O mesmo acontece com as praças e parques onde o poder público tem procurado manter jardins bem cuidados, para incentivar a população ao maior convívio social.
Um jardim bem cuidado atrai animais silvestres e colabora para a proteção do meio ambiente. Ao cultivar árvores e plantas, é possível contribuir para a melhora dos problemas ambientais enfrentados pelo planeta. As plantas, além de nos fornecer oxigênio, enfeitam os ambientes onde vivemos, e onde trabalhamos. Por tudo isso, a função do jardineiro é essencial, sendo ele o responsável pela poda das plantas, por alimentá-las e regá-las.
Dizem os estudiosos do assunto, que a conexão entre pessoas, natureza e bem-estar mental está enraizada na história e remonta ao Egito Antigo: consta que a realeza, quando se sentia mentalmente inquieta, era incentivada a passear em seus jardins. Com o passar dos tempos, eventualmente, a jardinagem foi testada como terapia clínica durante os séculos 18 e 19.
Nessa mesma época, Benjamin Rush, um dos pais fundadores da psicologia moderna, acreditava que a prática (e as mãos sujas) no jardim tinha um efeito curativo em seus pacientes e, algumas décadas depois, estufas e jardins eram adicionados às unidades de reabilitação de hospitais que trataram veteranos de guerra mundial.
Avançando rapidamente para o presente, e acrescentando uma atividade afim, temos o conceito da horticultura terapêutica, que é praticado em todo o mundo. Da Itália a Cingapura, existem jardins de terapia hortícola certificados que trazem os benefícios da jardinagem para a saúde mental de pessoas de todas as idades e classes sociais.
Esse interesse renovado pela jardinagem também é resultado de mudanças demográficas: o número de idosos continua a crescer em países do mundo ocidental, e muitos descobriram que a jardinagem é uma maneira de oferecer apoio a um segmento crescente da população.
Tudo isso parece realmente encorajador, mas como exatamente a jardinagem pode criar uma sensação de felicidade e bem-estar? É o que veremos nesta edição, que traz dados importantes sobre a prática da jardinagem, que é mais do que uma tendência passageira.
Ocupar-se das plantas é como uma válvula de escape das pressões e do estresse da vida cotidiana. Mas existem outros benefícios importantes, além de dicas sobre como bem aproveitar a integração com a natureza.
Nesta edição, abordamos algumas maneiras pelas quais a terapia de jardinagem pode ajudar a quem estiver se sentindo sozinho, com pouca energia e motivação ou ansioso, entre outras condições.
São inúmeros os benefícios que ela nos oferece, desde a redução do estresse, isolamento e depressão, até o aumento do sistema imunológico, apoiados pela ciência. Quando se trata de fortalecer nossa saúde mental e alcançar paz de espírito, sugestões comuns incluem adotar um hobby criativo, meditar, praticar atividades físicas e construir relacionamentos sólidos.
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