Doação de medula óssea: Mutirão de cadastramento em Friburgo

Ação será realizada nesta sexta-feira e sábado, no bairro Braunes
quinta-feira, 05 de dezembro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)

Nesta sexta-feira,6, e no sábado,7, o Redome (Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea) estará no município, a convite dos projetos Anas e Missão Medula, para realizar o cadastramento de novos voluntários. O cadastramento será feito no estacionamento da Igreja Ceifa de Nova Friburgo, na Rua Sara Braune, 83, no bairro Braunes. O atendimento será das 9h às 17h, nos dois dias. Apenas pessoas com idade entre 18 e 35 anos podem participar. É indispensável apresentar documento de identidade com foto e será necessário colher 4 ml de sangue, para tipagem genética. É preciso ainda que o doador não tenha alguma doença que impeça a doação de medula óssea.

 O que é o Redome

O Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea foi criado em 1993, em São Paulo, para reunir informações de pessoas dispostas a doar medula óssea para quem precisa de transplante. Desde 1998, é coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de Janeiro. Com mais de 5,5 milhões de doadores cadastrados, o Redome é o terceiro maior banco de doadores de medula óssea do mundo e pertence ao Ministério da Saúde, sendo o maior banco com financiamento exclusivamente público. Anualmente são incluídos mais de 125 mil novos doadores no cadastro do Redome.

A esperança de cura geralmente confronta com a pequena possibilidade de se encontrar alguém que tenha compatibilidade genética. Apenas um em cada 100 mil voluntários possui semelhança genética com algum paciente na fila de espera para doação. Dessa forma, quanto maior o número de cadastros no Redome, maior são as chances dos pacientes encontrarem possíveis doadores. Mais informações podem ser obtidas pelos perfis dos projetos (@projetoanas.nf e @missaomedula) no Instagram ou pelo site www.redome.inca.gov.b

 O que é medula óssea

A medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, também conhecido popularmente por “tutano”, que tem a função de produzir as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. A medula óssea atua na produção dos componentes figurados do sangue — hemácias, leucócitos e megacariócitos, células cujos fragmentos constituem as plaquetas. Todas as células sanguíneas derivam de um único tipo celular presente na medula óssea denominado célula-tronco pluripotente. Essas células desenvolvem-se em duas linhagens: linfóides e mieloides. 

As células linfóides são responsáveis pela formação dos linfócitos, enquanto as células mieloides originam eritrócitos, plaquetas, granulócitos e monócitos, sendo os dois últimos tipos de leucócitos. O processo em que células-tronco pluripotentes diferenciam-se em células sanguíneas é denominado hematopoese.

Como é feito o transplante 

O transplante da medula óssea consiste na substituição da medula óssea doente por uma medula saudável e é uma forma de tratamento para doenças que afetam as células do sangue, como linfomas e leucemias. De acordo com o Inca, o transplante pode ser feito usando-se a medula do próprio paciente ou de um doador ou com base em células precursoras de medula óssea, as quais são obtidas do sangue circulante de um doador ou do sangue de cordão umbilical. 

Para realizar-se o transplante de medula óssea, inicialmente se deve realizar testes a fim de constatar-se a compatibilidade entre o doador e o receptor. Após isso, inicia-se os procedimentos. O doador será submetido à retirada da medula em um processo realizado no centro cirúrgico e sob anestesia.

O procedimento consiste em realizar várias punções nos ossos posteriores da bacia e a aspiração da medula. O paciente que receberá o transplante, por sua vez, é submetido a um tratamento que destrói completamente sua medula. Ele receberá então a medula sadia em um processo similar ao da transfusão de sangue. As células da medula óssea sadia entram na corrente sanguínea, alojam-se no local da medula óssea que foi destruída e restabelecem a produção normal de células sanguíneas.

*Reportagem da estagiária Laís Lima sob supervisão de Henrique Amorim 

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: