Presentes em um cenário cada vez mais digital, criminosos têm inovado as modalidades de golpes para se adaptar às mudanças tecnológicas. Os dados são de relatos de clientes às instituições associadas e que foram repassadas à Federação Brasileira dos Bancos (Febraban). Mesmo as pessoas mais cuidadosas e experientes estão expostas e às vezes acabam caindo em uma das tantas armadilhas que chegam diariamente por WhatsApp, SMS, e-mail, telefone ou até mesmo pelos Correios, via boleto.
Os seis mais relatados
1. Golpe do WhatsApp
Este golpe funciona quando o criminoso descobre o número do celular e o nome da vítima de quem pretende clonar a conta de WhatsApp e tenta cadastrar o WhatsApp da vítima em seu aparelho. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo. Para evitar que o WhatsApp seja clonado, o usuário pode habilitar, no aplicativo, a opção “Verificação em duas etapas”. Desta forma, é possível cadastrar uma senha que será solicitada periodicamente pelo app. Essa senha não deve ser enviada para outras pessoas ou digitada em links recebidos.
2. Golpe da falsa venda
Neste golpe, os criminosos criam páginas falsas que simulam e-commerce, enviam promoções inexistentes por e-mails, SMS e mensagens de WhatsApp e investem na criação de perfis falsos de lojas em redes sociais. Geralmente, o produto tem um preço muito abaixo do valor médio de comércio, mídias mirabolantes, com poucas opções de pagamento? Desconfie. Pode ser golpe. Tome muito cuidado com links recebidos em e-mails e mensagens e dê preferência aos sites conhecidos para as compras.
3. Golpe da falsa central telefônica/falso funcionário
O fraudador entra em contato com a vítima se passando por funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem um relacionamento ativo. O criminoso informa que há irregularidades na conta ou que os dados cadastrados estão incorretos. A partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima e orienta que realize transferências alegando a necessidade de regularizar problemas na conta ou no cartão.
4. Phishing (pescaria digital)
O phishing, ou pescaria digital, é uma fraude eletrônica que visa obter dados pessoais do usuário. A forma mais comum de um ataque de phishing é por mensagens e e-mails falsos que induzem o usuário a clicar em links suspeitos. Também existem páginas falsas na internet que induzem a pessoa a revelar dados pessoais.
5. Golpe do falso investimento
Falsos grupos criam sites de empresas de fachada e perfis em redes sociais para atrair as vítimas e convencê-las a fazerem investimentos altamente lucrativos e rápidos. Usam vários artifícios para enganar os interessados: fornecem informações falsas da suposta empresa, mostram depoimentos inexistentes de pessoas que foram bem-sucedidas com o investimento, entre outros. Depois, induzem a vítima a fazer investimentos mais altos. Depois que conseguem tirar uma quantia alta da pessoa, somem.
6. Falso motoboy
O golpe começa com uma ligação ao cliente, de uma pessoa que se passa por funcionário do banco, e diz que o cartão foi clonado, informando que é preciso bloqueá-lo. Para isso, diz o golpista, bastaria cortá-lo ao meio e pedir um novo pelo atendimento eletrônico. O falso funcionário pede que a senha seja digitada no telefone, e fala que, por segurança, um motoboy irá buscar o cartão para uma perícia. O que o cliente não sabe é que, com o cartão cortado ao meio, o chip permanece intacto, e é possível realizar diversas transações.
A Febraban alerta que nenhum banco pede o cartão de volta ou envia um funcionário ou portador para retirar o plástico com o cliente. Se telefonarem, desligue e procure o banco usando outro aparelho. É a forma de verificar se realmente houve uma irregularidade. (Agência Brasil)
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