A VOZ DA SERRA é um livro aberto ao conhecimento

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 18 de junho de 2024

O mês de junho é um dos mais movimentados por suas festas juninas. É coisa que vem da infância de muita gente. A minha, por exemplo, na Filó, foi regada pelas festas que Marilza Breder organizava na Travessa Bonsucesso 1, onde morei. O Caderno Z trouxe um especial de dar água na boca de quem tem saudade ou de quem adora viver essa emoção. Igrejas, escolas, instituições e comunidades se esmeram em reproduzir ambientes onde nos sentimos com um pé na roça. E haja bambuzal, minha gente!

Fundamentadas em tradições religiosas, honrando a memória de alguns santos, na hora da brincadeira e das guloseimas, a expressão cultural se manifesta de maneira tão evidente que os costumes se confundem e, como diz a nova gíria – é tudo junto e misturado. O forró que embala o “arraiá” é patrimônio cultural e imaterial do Brasil. Se tudo teve origem na Europa, há muito se “abrasileirou”. Babados, fitas, chapéu de palha, de preferência desfiado e as calças remendadas são comuns nas quadrilhas juninas. As comidas típicas também se destacam. Do cachorro-quente ao quentão, a variedade é a mistura dos sabores de um país rico em culinárias das mais prendadas regiões.

Wanderson Nogueira lembrou bem de um costume: “O que dirão no correio do amor? Serão correspondidos os seus autores? Haverá disputa pelo mesmo beijo? Deixarão os corações procurados tocados pelas mensagens recebidas? Em tempos de aplicativos de relacionamento de todos os tipos e objetivos, resiste o recado em papel anunciado pelo locutor da festa em meio a toda dança de quadrilha. Na barraquinha do correio do amor, teima-se no amor à moda antiga, do tal amor genuíno, quase infantil, que nunca sai de moda: o que se entrega, o que ruboriza o rosto e faz tremer as pernas. Da vontade de se mostrar, mas que o medo causa receio. Espanta ou aproxima? Conquista.”. Lindo!

Depois das dicas para um mês de junho festivo, a realidade nos cobra reflexões e posicionamentos diante de alguns episódios. Eu digo sempre que a “civilização” é um processo intrigante, pois, enquanto avança de um lado, por outro, é obrigada a criar leis e decretos para regulamentar certos comportamentos humanos.  A exemplo, o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por intermédio de um decreto, criou o Observatório do Feminicídio para coletar, ordenar e analisar dados sobre feminicídios praticados ou tentados nos municípios fluminenses. Outro exemplo que tem gerado debates e ações preventivas é a violência contra idosos. Coisa alguma seria necessária no plano judicial se a civilização estivesse produzindo uma humanidade melhor, mais fraterna e aberta aos entendimentos passivos. Bem se vê que a violência tem raiz em certas mentes humanas. No cerne da questão está a causa, ou seja, a imprevisibilidade da mente que, dependendo de sua formação, tanto atua para o bem quanto procede para o mal, infelizmente.

Uma pedra no sapato da natureza tem sido a coleta de lixo. Sobre a licitação para contratar o serviço “pelos próximos 30 anos”, o professor e ambientalista, Fernando Cavalcanti fez excelentes considerações sobre o “engessamento” que um contrato tão extenso pode gerar futuramente: “Trata-se de um contrato com vigência de 30 anos. Observando três décadas para trás, vemos uma época em que, por exemplo, não havia WhatsApp, celular nem tantas outras tecnologias. Veja quanta coisa avançou e mudou nesse intervalo tempo...”. Realmente, o professor está coberto de razão, pois, sabe-se lá o que vem até 2054? E, certamente, a quantidade de lixo estará mais aumentada ainda. Tudo muda mesmo e como noticiou Vinicius Gastin, em “Esportes”, já tem até fake news sobre golpistas se passando por gestores do futebol Friburguense. Era só o que faltava!

Em “Sociais”, nossa querida Izabel Cristina Nacre festeja mais uma linda primavera nesta quarta-feira, 19. Ela, que é toda gentileza e simpatia na recepção de A VOZ DA SERRA, merece muitos vivas e votos de mil felicidades. Vivas também para Nova Friburgo, agora “Capital Nacional da Moda Íntima”, em lei sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Nossa cidade faz jus ao título!

Publicidade
TAGS:
Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.