Dicas para escolher bem o peixe para o almoço da Sexta-feira da Paixão

Estado do Rio produz cerca de 60 mil toneladas de pescado por ano
quinta-feira, 28 de março de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

Com o aumento da procura por peixes, cardápio típico no almoço da Sexta-feira da Paixão, dia em que, de acordo com a tradição católica, não se consome carne vermelha, os consumidores devem ficar atentos sobre o que deve ser observado no momento de se escolher o melhor pescado. A Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), órgão vinculado à Secretaria estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento, atenta à demanda deste período, dá dicas de como optar por um peixe fresco para saborear nesta Semana Santa. 

De acordo com Flávia Calixto, médica veterinária e pesquisadora da Fiperj, em relação à qualidade e o frescor do pescado, existem algumas características sensoriais que podem ser usadas para a avaliação, como as brânquias e os olhos. As brânquias, que são popularmente conhecidas como guelras do peixe, devem estar vermelhas ou rosas, úmidas, com odor natural e suave. Enquanto os olhos devem estar claros, com aspecto de vivos, brilhantes, salientes (convexos) e transparentes.

“Quando não encontramos pescado tão fresco, uma opção é o pescado congelado. Busque marcas que possuam selo de inspeção que indiquem que os peixes, crustáceos e moluscos foram processados em unidade de beneficiamento devidamente fiscalizada quanto à sua qualidade. Observem se na embalagem não tem gelo internamente, pois pode indicar problemas no armazenamento”, orienta Flávia.

Ainda conforme Flávia, o ideal é criar o hábito de consumir peixe pelo menos duas vezes por semana, e não só na Semana Santa. Ela, inclusive, observa que o consumo de pescado traz muitos benefícios à saúde humana.

Estado do Rio é um dos maiores produtores

A Fiperj ressalta que o Estado do Rio de Janeiro é um dos maiores produtores de pescado marinho e estuarino do Brasil. A região costeira fluminense possui uma diversidade geográfica muito especial, com suas baías e sistemas lagunares, além da ressurgência de Cabo Frio, na Região dos Lagos, que sustentam uma elevada produção pesqueira, explorada não apenas pelos pescadores locais, como por embarcações de outros estados.

No Estado do Rio, a tilápia é a espécie mais produzida, com uma produção estimada de 3.100 toneladas, representando cerca de 90% da produção total oriunda da piscicultura (PeixeBr). A truta arco-íris é outra espécie que se destaca por ser uma iguaria gastronômica.

O território fluminense apresenta condições climáticas, ambientais e geográficas favoráveis para a sua produção, sendo historicamente um dos primeiros estados do Brasil a ter consolidado a produção da espécie. Em 2022, a produção estimada da truta arco-íris foi de 39,2 toneladas, concentrada na Região Serrana.

A sardinha, um dos principais recursos pesqueiros do estado, é um peixe rico em ômega 3 e com baixo custo. Outros peixes também são bastante apreciados ou abundantes em diferentes regiões costeiras, tais como corvina, tainha, anchova, xerelete, namorado, batata.

“A Fiperj atua na pesquisa, extensão e fomento às atividades de pesca e aquicultura, dando suporte para o desenvolvimento da cadeia produtiva do pescado fluminense. Os projetos realizados pela instituição têm como objetivo principal o desenvolvimento sustentável da pesca e aquicultura no Estado do Rio de Janeiro, gerando informações para subsidiar a criação de políticas públicas para os setores pesqueiro e aquícola, tendo como base as demandas dos produtores e pescadores”, destaca o presidente da Fiperj, José Carlos Gervazoni.

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