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Open Finance, a evolução do Open Banking
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
Faz mais de um ano quando o assunto nesse espaço era sobre a medida revolucionária para relações entre instituições financeira e seus clientes. Adotada e implementada pelo Banco Central do Brasil, a ferramenta foi capaz de democratizar o acesso a serviços financeiros e promover maior competitividade entre os participantes do mercado.
O dia era 6 de agosto de 2021 quando a reflexão foi trazida aqui pela primeira vez. Na época, o Brasil ainda aguardava ansiosamente a conclusão da terceira etapa do Open Banking, que veio a ser concluído com a quarta etapa entregue em 15 de dezembro do mesmo ano. Esta por sua vez, já previa a ampliação do conceito que estava prestes a ser introduzido na forma de clientes manterem suas relações comerciais com bancos, financeiras, seguradoras, corretoras de investimentos e, entre outros, novas fintechs (empresas responsáveis pelo desenvolvimento de tecnologia financeira). Ainda era cedo para imaginar, mas a partir daquele momento o Open Banking acabava com o seu próprio nome para dar espaço ao que hoje se tornou o Open Finance.
Este novo conceito, entretanto, passa a ser realidade apenas no ano seguinte, quando a resolução conjunta 4, de 24 de março de 2022 passa a vigorar e tratar o projeto a partir de sua nova nomenclatura: Open Finance.
Mas o que então caracteriza essas “finanças abertas”? Quais são as vantagens para o usuário de produtos e serviços bancários? Como aderir? É seguro? Essas perguntas estão prestes a serem respondidas, portanto, continue até o final.
De acordo com o Banco Central do Brasil, “Open Finance, ou sistema financeiro aberto, é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente.” Reforçando a definição, repare como é o cliente o responsável pela autorização do compartilhamento desse conteúdo; é ele quem decide quais e por quanto tempo as informações serão disponibilizadas a determinadas instituições – também definidas pelo consumidor, que passa a ser o dono dos próprios dados.
Logo, quando paramos para enumerar todas as vantagens e benefícios do Open Finance, podemos destacar: maior transparência; inclusão de segmentos desassistidos, controle financeiro, portabilidade de relacionamento; e, também, a possibilidade de implementação de novos modelos de negócio.
Definidos o projeto e suas vantagens, é hora de saber como contratar. Para isso, basta acessar o ambiente logado (pode ser o app) do banco ao qual é correntista e deseja receber os dados. Por exemplo, se você tem seu histórico de relacionamento com o banco A, mas o banco B pode te oferecer melhores condições de algum produto específico, basta clicar em Open Finance no aplicativo do banco B e solicitar o recebimento de informações do banco A. Simples assim. Lembrando, é claro, para garantir sua segurança você pode contar com a LGPD e a personalização de informações a serem compartilhadas.
Por fim, e não menos importante do que conhecer esta ferramenta, experimente! Só assim você poderá entender na prática como é possível ter acesso a produtos e serviços mais vantajosos. Como aumentar o limite do seu cartão de crédito, reduzir custos do seu financiamento ou obter maiores vantagens na contratação de um seguro de vida, por exemplo.
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
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