No Dia da Árvore, uma homenagem a alguns dos nossos mais belos exemplares

Rio lança campanha que converte doação de sangue em plantios
terça-feira, 21 de setembro de 2021
por Jornal A Voz da Serra
Árvore majestosa em Nova Friburgo (Fotos: Henrique Pinheiro)
Árvore majestosa em Nova Friburgo (Fotos: Henrique Pinheiro)

Em comemoração ao Dia da Árvore, neste 21 de setembro, A VOZ DA SERRA homenageia alguns dos exemplares mais belos da cidade. No Parque Estadual dos Três Picos, na serra entre Nova Friburgo e Cachoeiras de Macacu, há mais de mil anos resiste um jequitibá rosa, uma das maiores árvores da região. Suas medidas impressionam: quase 40 metros de altura, seis metros de diâmetro e 19 metros de circunferência na base.

O jequitibá-rosa (Cariniana legalis) é considerado a maior espécie da Mata Atlântica, podendo atingir a altura de 50 metros. Segundo a placa informativa no local, “suas flores são brancas e surgem no período de dezembro a fevereiro, enquanto seus frutos, duros e de cor marrom, ocorrem de agosto a setembro. Quando o fruto amadurece, sua tampa se solta, liberando várias sementes aladas que são levadas pelo vento e se desenvolvem longe da árvore-mãe”. Um verdadeiro espetáculo.

Ainda segundo a placa, a palavra jequitibá vem do tupi guarani “Yiki-T-Ibá”, que significa fruto em forma de covo—pois se assemelha ao jequi, utensílio de pesca usado pelos índios. O maior e mais antigo espécime vivo do jequitibá-rosa se encontra no Parque Estadual do Vassununga, em Santa Rita do Passa Quatro-SP, e possui aproximadamente 3.000 anos de idade, estando entre os seres mais antigos do planeta, e a mais velha árvore do Brasil.

O Parque Estadual dos Três Picos localiza-se na Região Serrana Fluminense, sendo o maior parque do estado. Seu nome evoca os Três Picos de Nova Friburgo, um imponente conjunto de montanhas e ponto culminante de toda a Serra do Mar. O parque é favorecido pelo ecoturismo, já que oferece muitas possibilidades de trilhas, escaladas e cachoeiras de inigualável beleza.

O jequitibá-rosa milenar está localizado a cerca de 50 minutos de caminhada de Cachoeiras de Macacu, na localidade de Boca do Mato, onde também encontra-se uma trilha ecológica que percorre parte do antigo trajeto do extinto ramal de Cantagalo da Estrada de Ferro Leopoldina, podendo ser encontradas algumas de suas ruínas encobertas pela floresta.

Campanha converte doação de sangue em plantios

Na capital, o Hemorio lançou a campanha "Sangue é vida", em parceria com a prefeitura, por meio da Fundação Parques e Jardins, para incentivar a doação de sangue, que reduziu em mais de 20% no último ano, devido à queda do número de doadores por conta da pandemia. De 21 de setembro a 4 de outubro, o número total de bolsas de sangue coletadas será convertido em mudas de árvores urbanas, destinadas a novos plantios nas regiões menos arborizadas do Rio.

O número de mudas será contabilizado com base no total de doadores do período. Essas mudas serão plantadas nas áreas selecionadas pela Fundação Parques e Jardins, vinculada à Secretaria do Meio Ambiente. Atualmente a cidade do Rio conta com um déficit de um milhão de árvores urbanas, principalmente nas zonas Norte e Oeste.

De acordo com o Hemorio, são necessárias pelo menos 300 novas bolsas de sangue por dia para atender a demanda dos pacientes do estado. No último ano as doações foram diretamente impactadas por conta da pandemia e a média diária de coletas caiu para 210.

Quem já teve Covid-19 pode doar sangue 30 dias após estar curado da doença. No caso das vacinas, também é permitido doar. Quem tiver sido imunizado com a Coronavac está liberado para doar sangue 48h depois da aplicação. No caso dos demais imunizantes, o prazo é de uma semana.

 

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