Foi dado mais um passo nas obras de adaptação e melhorias do Arco Metropolitano do Estado do Rio de Janeiro - trecho expresso da BR-493, que liga os municípios de Itaboraí e Itaguaí - facilitando o escoamento da produção dos polos metal-mecânico e de moda íntima de Nova Friburgo e região para o eixo Rio-São Paulo. Embora a via expressa reduza consideravelmente o tempo e o percurso das viagens, muitos caminhoneiros e transportadoras evitam o arco devido à falta de segurança, o que tem motivado o setor de transportes de cargas e as indústrias a cobrarem investimentos no arco junto aos governos do Estado e Federal, através da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
Na semana passada, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), general Santos Filho, vistoriaram o trecho do arco entre Itaboraí e Magé que teve as obras retomadas após paralisação de quatro anos. A visita foi acompanhada pelo prefeito de Itaboraí, Marcelo Delaroli, que comemorou a retomada da obra que vai permitir mais segurança aos motoristas em um trecho de sete quilômetros com a conclusão de três viadutos, intervenções no pavimento e recapeamento de vias laterais e trechos duplicados inacabados. O trecho que teve as obras retomadas liga a BR-101, em Itaboraí, ao entroncamento com a BR-116 (Rio-Teresópolis), de onde os transportadores de cargas poderão acessar o estado de Minas Gerais.
O prazo para execução das obras é de 270 dias e o investimento é de R$ 19,5 milhões. Segundo o ministro Tarcísio, já está em análise no Tribunal de Contas da União (TCU) um projeto para concessão desse trecho. “Temos preocupação para melhorar a segurança dessa via e elevar a qualidade de vida dos cidadãos. O Arco Metropolitano é estratégico para o estado do Rio e receberá ainda muitos investimentos” explicou o ministro lembrando que a licitação para escolha da empresa que irá administrar o trecho concedido deverá acontecer ainda no primeiro trimestre de 2022. De acordo o Ministério, o projeto tem potencial de injetar R$ 9 bilhões de investimentos privados na concessão, ficando em torno de R$ 4 bilhões no estado do Rio de Janeiro.
O retorno das obras foi recebido com otimismo entre os industriais fluminenses. "A retomada das obras de duplicação entre Magé e Itaboraí é uma das ações apontadas pelo Mapa de Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025 - elaborado pela Firjan - que impactam na qualidade da infraestrutura logística e de mobilidade urbana”, observou Luiz Césio Caetano, presidente da representação regional da Firjan no Leste Fluminense.
Para a Firjan, as melhorias na BR-493 vão gerar um impacto positivo na produtividade e no custo final das mercadorias e serviços da indústria. Os trabalhadores também serão diretamente beneficiados com mais rapaidez e segurança nas viagens.
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