Um gesto simples de solidariedade faz uma grande diferença na vida de alguém. E assim está sendo feito na vida do aposentado Cláucio Luiz, 55 anos, que desde 2013 trava uma guerra contra o câncer e devido a grandes despesas com tratamentos de saúde nos últimos sete anos acumulou dívidas e perdeu sua casa, em um condomínio no bairro Nova Suíça. Agora, ele tenta recuperar o imóvel.
Cláucio realizou o sonho de comprar sua casa própria em 2012, através de um financiamento habitacional pela Caixa Econômica Federal, mas com a descoberta do primeiro câncer no ano seguinte, sua prioridade foi se dedicar ao tratamento da doença. “Infelizmente tive que me aposentar por invalidez, o que reduziu drasticamente a minha renda e com essa nova realidade financeira não consegui pagar as prestações”, conta.
O contrato de financiamento prevê que se o proprietário do imóvel deixar de pagar três parcelas, o banco pode apoderar-se da casa e levá-la a leilão. “Desde o início tentei negociar a dívida com o banco para que as prestações fossem recalculadas de acordo com minha nova renda e não obtive sucesso”, lamentou.
Sem poder trabalhar, Cláucio viu suas dívidas aumentarem por conta do tratamento da doença. Nessa época ele recebeu um comunicado da seguradora de que sua casa iria a leilão pela falta de pagamento das parcelas. A justiça embargou o leilão, mas meses depois a Caixa recorreu e o imóvel acabou sendo arrematado por R$160 mil.
“Só fiquei sabendo da venda quando o comprador apareceu com todos os documentos já em nome dele. Conversamos e ele me fez a proposta de comprar a casa de volta”. Sem ter condições financeiras de arcar com os custos da compra, Cláucio aceitou a ideia de um vizinho, para fazer uma vaquinha on-line. O objetivo é arrecadar os R$ 160 mil e recuperar sua casa.
Para doar qualquer valor, basta acessar este link e fazer doação: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/me-ajude-a-comprar-minha-casa-de-volta
Luta contra o câncer
Após descobrir o primeiro câncer na faringe, em 2013, o aposentado iniciou seu tratamento. “Achei que seria uma coisa passageira, que voltaria a vida normal, ao meu trabalho e quitar minhas dívidas. Fiz radioterapia, quimioterapia vermelha e também modifiquei a minha gastronomia por dois anos. Essa modificação trouxe algumas complicações. Quase morri. Tive queimaduras de 3º grau no pescoço, nem a saliva conseguia passar direito. Foram dois meses internado em um hospital, me alimentando e passando medicação por sonda”.
Após fazer um exame para acompanhar a evolução do tratamento, foi constatado que a metástase havia passado para o intestino. “Tive que retirar 16 cm rente à pélvis e na recuperação foi preciso fazer uso da bolsa de colostomia por 1 ano. Tempos depois, novamente outra má notícia: ao fazer a ligadura foi encontrada nova metástase, 8,5cm acima do local da operação anterior.”
Sem desanimar, Cláucio continuou o tratamento e há quatro meses teve de retirar um nódulo abaixo do braço. “Em seguida fui fazer um exame de revisão na minha faringe e foi constatado um outro câncer, na Laringe”, contou Cláucio que teve de retirá-lo às pressas e atualmente realiza o tratamento para doença.
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