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Consciência de consumo
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
Os tempos são difíceis, a recessão é uma realidade e o consumo desajustado pode causar sérios danos futuros. A falta de planejamento é o maior problema tecnicamente solucionável no meio financeiro e é lhe auxiliar neste ponto, o objetivo da coluna de hoje. Contudo, vale ressaltar brevemente a relevância do fator psicológico do consumo; quando maus hábitos fazem parte da rotina de consumo, este é um ponto importante a ser considerado.
A profunda – e incrivelmente rápida – crise de 2020 tem deixado rastros marcantes na economia real: o desemprego segue crescendo, alguns projetos de lei cogitam possíveis recontratações (acordadas) com reajuste salarial e, ainda assim, o consumo tem aumentado – principalmente no setor do varejo. Veja, o consumo não é nem de longe um problema primário para a economia; pelo contrário, é importante no processo de superação de crises e uma das formas de tornar isso possível é o controle inflacionário promovido pelo consumo regular – ou incentivado. Todavia, quando o consumidor não tem dinheiro para assumir compromissos os problemas começam a aparecer. Primeiramente dentro de casa, com a crise no orçamento doméstico, e posteriormente com o impacto no mercado de crédito.
Portanto, planeje-se, o consumo inconsciente pode causar danos enormes em tempos como os atuais. E o principal deles é diretamente no seu bolso. Ficam aqui, então, algumas dicas de como estabelecer o consumo saudável no seu cotidiano:
• Compare e estude os preços: saiba o que precisa comprar e comece a ter seu planejamento bem definido; assim você terá tempo para pesquisar preços e, acredite, você vai se surpreender com possibilidade de boas economias.
• Compre o que for comprar: a sua convicção, como consumidor, é o que vai ditar a relação entre o vendedor e você. Caso não queira comprar algo fora do planejado, não compre. Cuidado com as técnicas de vendas.
• Fique atento na internet: lojas virtuais devem receber cuidados especiais, atente-se sempre à veracidade e confiabilidade dos sites; as compras na internet envolvem uma série de riscos que podem ser evitados com conhecimento e um pouco de bom senso. Procure saber se a loja virtual é verídica; desconfie de preços extremamente fora dos valores de mercado; cuidado com a divulgação indevida de seus dados pessoais; e confira o valor do frete.
• Antes de parcelar, faça as contas: parcelamentos parecem ser uma “mão na roda”, mas sem o devido planejamento e estudo do seu orçamento, podem ser a semente do caos nas suas finanças. Lembre-se, no próximo mês virão novos consumos e você não merece viver para pagar boletos.
Educação Financeira não é fundamentada apenas em termos técnicos e complexos, é a rotina de todos que usam dinheiro como ferramenta de aquisição.
Por que comprar o que não é necessário? Pagar juros depois ou poupar antes? Vale a pena pesquisar preços? Só você tem o controle de como gastar seu dinheiro e alocar suas finanças pessoais. Por isso, tome boas decisões. Pense nisso!
Gabriel Alves
Educação Financeira
Especialista em finanças e sócio de um escritório de investimentos, Gabriel escreve sobre economia, finanças e mercados. Neste espaço, o objetivo é ampliar a divulgação de informações e conhecimentos fundamentais para a nossa formação cidadã.
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