O tempo é de amar e de reconstruir valores!

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 21 de abril de 2020

Sempre admirei as brincadeiras de uma criança e a sua facilidade em transformar o nada em alguma coisa. Ou a capacidade de brincar sozinha, assumindo a fantasia de ser vários personagens ao mesmo tempo. Minha neta, Júlia, 4 anos, adora brincar de “finge que eu era...”. É o mais lindo fingimento, que a gente vai perdendo quando deixa o mundo infantil, embora possamos “fingir” de outras formas. Essa boa reflexão o Caderno Z me trouxe no tema em homenagem ao Dia Nacional do Livro Infantil. Minha filha Fernanda, aos oito anos, fez um comentário, quando saímos da casa de uma família amiga; “Mãe, que casa esquisita, não vi um livro lá”. A leitura de uma criança começa mesmo antes de saber ler, porque ela lê com a sua imaginação. Ela lê o que vê, o que sente, o que imagina!

Aline de Moraes conta sua história de quando se curou de uma depressão na adolescência. Agora, na quarentena, para vencer “as perdas e sonhos”, resolveu criar o canal “@historiasmuitoaocontrario” para compartilhar histórias com seus seguidores e destaca: “Desde a caneta de pena, até a caneta digital dos tablets, tudo aquilo que é escrito com amor e gera empatia pode ser repertório da contação de histórias”. Aline é contadora de histórias e dará um curso de contação no Solar da Arte, após a crise do coronavírus.

Entre as dicas de clássicos da literatura brasileira está, com outros brilhantes, A Arca de Noé, de Vinicius de Moraes, uma belezura para encantar a criançada. Viva Monteiro Lobato nascido em 18 de abril de 1882! Viva toda gente que respeita o mundo infantil enquanto a criança brinca de fingir de ser! Wanderson Nogueira compõe os seus hiatos e se questiona se está no tempo certo. Vamos deixando o Caderno Z, voando como “folhas” da bela ilustração da página de seu “Palavreando”. Vamos saindo dos livros para o voo na liberdade da imaginação. A quarentena vai passar, gente. A nossa sensatez é o que deve permanecer, pois, o tempo é de reconstruir valores.

Vinicius Gastin continua sendo o arauto das notícias boas. Agora é a vez dos destaques nos torneios de dardos. Bruno Rangel, atual campeão carioca, mora em Nova Friburgo e tem premiações em vários torneios. O atleta tinha sonhos nas corridas de automobilismo, mas por conta de um acidente, aos 24 anos, precisou de três cirurgias para reconstituir a mão. O sonho ficou no sonho, mas, em compensação, o dardo já lhe proporcionou a realização de outros sonhos, certamente. Já o jovem João Victor, de 18 anos, começa a despontar na modalidade, fazendo bonito até na Inglaterra Parabéns!

Muito interessante a coluna “Há 50 Anos” com a “Festa do Quinhentão” do Consórcio Cruzeiro. Sem brincadeira, eu li todos os nomes dos consorciados e alguns só conheci, justamente, de nome. Mas, em compensação, achei o nome do meu primeiro patrão, dr. Paulo Alvarenga Moreira, dentista, e da querida Brigite Madeleine Schultz, pessoa amiga de longa data. Nota 10 para a reprodução da página.

A crise do coronavírus está aí. Todo engajamento é essencial para superar as dificuldades. Desde o cumprimento da quarentena e dos procedimentos, tudo requer firmeza e boa vontade. As confecções podem trabalhar produzindo equipamentos de proteção individual O Sesc dará abrigo em seu hotel aos médicos que vão atuar no atendimento aos pacientes infectados. Essa medida visa mantê-los afastados de seus familiares, evitando riscos. As imobiliárias negociam acordos para receber os aluguéis. Em se tratando de conter as perdas humanas, coisa alguma pode ser descartada.

Em Massimo, Chico Xavier é lembrado: “Se tiver que amar, ame hoje. Se tiver que sorrir, sorria hoje... pois o importante é viver o hoje. O ontem já foi e o amanhã talvez não venha”. Assim, vamos cuidar do hoje, sem comparações com as crises passadas. Se puder ficar em casa, fique, na certeza de que está colaborando para conter o vírus. Se tiver que trabalhar fora, trabalhe com todos os cuidados, álcool gel e máscaras, se protegendo para proteger os outros. Dados estatísticos não confortam os corações das perdas. Pessoas não são dados. Pelo menos, são pessoas amadas por seus familiares e merecem respeito.

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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