Sarampo: Friburgo não registrou novos casos esta semana

Município continua com 11 casos confirmados. As suspeitas, no entanto, subiram de 67 para 69
quinta-feira, 05 de março de 2020
por Fernando Moreira (fernando@avozdaserra.com.br)
(Foto Henrique Pinheiro)
(Foto Henrique Pinheiro)

Desde o início do ano o número de casos confirmados de sarampo não parava de crescer em Nova Friburgo, porém, o último boletim atualizado emitido nesta quarta-feira, 4, pela Secretaria Municipal de Saúde, através da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, mostra que a doença parou de avançar no município, pelo menos na última semana.

De acordo com os dados divulgados, Nova Friburgo continua com os mesmos 11 casos confirmados de sarampo anunciados na semana passada. A única diferença é que os casos suspeitos subiram de 67 para 69. Com isso, os casos em investigação laboratorial também aumentaram de 54 para 56. Outros dois casos já foram descartados para a presença da doença. Os números foram apurados de 1º de janeiro à 3 de março.

Os bairros com maior incidência de sarampo até o momento continuam sendo Varginha e Centro, com dois casos confirmados em cada. Nos outros sete bairros onde há registro da doença, há apenas um caso confirmado em cada: Olaria, São Geraldo, Jardim Ouro Preto, Catarcione, Cascatinha, Cordoeira e no distrito de Conselheiro Paulino. As vítimas têm entre 10 e 19 anos (um caso); 20 a 29 anos (5); 30 a 39 anos (4); e 40 a 49 anos (1). Dessas, sete são do sexo masculino e quatro do sexo feminino.

Dia D no próximo sábado 

Em Nova Friburgo, será realizado no próximo sábado, 9, mais um Dia D de vacinação nos postos de saúde. A campanha nacional de vacinação continua pelo menos até o próximo dia 13, na Policlínica Sylvio Henrique Braune; nos postos de saúde Waldyr Costa (Conselheiro Paulino) e Tunney Kassuga (Olaria) e na Unidade Básica de Saúde José Copertino Nogueira (São Geraldo), diariamente das 9h às 16h. O público-alvo vai desde bebês de 6 meses até adultos de 59 anos. Após essa data as doses continuarão sendo oferecidas no calendário da vacinação de rotina.  

A Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo prevê imunizar três milhões de crianças e jovens, já que as crianças são mais suscetíveis às complicações da doença. Por isso, desde agosto de 2019, o Ministério da Saúde passou a adotar, como medida preventiva, a chamada ‘dose zero’. Assim, todas as crianças de seis meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas contra o sarampo. Basta que os responsáveis procurem os postos de saúde durante todo o ano. 

Esta dose não é considerada válida para fins do Calendário Nacional de Vacinação, devendo ser agendada, a partir dos 12 meses (1ª dose), a vacina tríplice viral; e aos 15 meses (2ª dose) a vacina tetra viral ou tríplice viral mais varicela, respeitando o intervalo de 30 dias entre as doses. 

De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira, 4, neste ano foram confirmados 338 casos de sarampo em oito estados, sendo 93 no Estado do Rio de Janeiro, o segundo com maior incidência da doença, perdendo apenas para São Paulo, com 136 casos confirmados.

Uma morte no Estado

No último dia 14 a Secretaria estadual de Saúde confirmou a primeira morte por sarampo no Estado do Rio de Janeiro desde o ano 2000. A vítima foi um bebê de 8 meses que morreu no dia 6 de janeiro, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, região que registra o maior número de casos da doença no Estado até o momento. O bebê ainda não tinha sido vacinado.

A doença

O sarampo é uma doença altamente contagiosa que pode evoluir para complicações e levar à morte. Ela pode ser evitada com a vacina tríplice viral, que protege também contra a rubéola e a caxumba. É aplicada aos 12 meses, com reforço aos 15 meses com a tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Até os 29 anos, a recomendação é tomar duas doses do imunizante. Entre 30 e 59 anos, a pessoa deve ser vacinada uma vez. Para quem não sabe se já tomou o número adequado de doses, a orientação é se imunizar agora. Os sintomas do sarampo são mal-estar geral, febre, manchas vermelhas que aparecem no rosto e vão descendo por todo o corpo, tosse, coriza e conjuntivite.

Como se proteger

A única maneira de evitar o sarampo é por meio da vacinação. As doses já fazem parte do calendário do Ministério da Saúde há muitos anos. A vacina Tríplice Viral protege não só contra o sarampo, mas também contra caxumba e rubéola e está disponível a qualquer época do ano nos postos públicos de saúde dos municípios.

Contraindicações

Pessoas com suspeita de sarampo, imunocomprometidas, gestantes e crianças com menos de seis meses não devem receber a vacina. Alérgicos à proteínas do leite de vaca devem informar a condição ao profissional de saúde no posto de vacinação para que recebam a dose feita sem esse componente.

 

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