De mulher objeto às conquistas femininas

Mesmo mais forte e empoderada, a mulher de hoje ainda luta pra viver plenamente sua sexualidade
sábado, 01 de fevereiro de 2020
por Ana Borges (ana.borges@avozdaserra.com.br)
(Ilustração: Reprodução Internet)
(Ilustração: Reprodução Internet)

Na Antiguidade, mulher era objeto, ponto final. Não cabia estranhamento, muito menos questionamento. Objeto ou, no máximo, parceira que o homem tinha sob o seu poder. Sexualidade feminina? Não existia. Durante séculos ela foi prisioneira dos limites sociais em que se desenrolava a rotina da mulher em sua vida privada. 

Até que, ao longo dos séculos, vieram as transformações, e nas últimas décadas as mulheres começaram a pensar e resignificar antigos valores morais e sexuais, na tentativa de combater as repressões de muitos anos de história. Com o advento da pílula anticoncepcional, passaram a experimentar um prazer que durante muito tempo foi permitido apenas aos homens: o sexual. Na sequência, as mulheres conquistaram o direito de mudar a maneira de pensar, sentir e ser.

E muita coisa mudou: a mulher de hoje está mais forte e ‘empoderada’, mas continua na luta para viver plenamente sua sexualidade. No entanto, sua natureza subjetiva, mais relacionada com sentimentos do que com leis e princípios da sociedade, a obriga a buscar o equilíbrio entre sua maneira de ser e seus instintos naturais. Por falar nisso...

“Quando se trata de sexo, o primeiro ponto importante é que ele começa, e termina, na cabeça, já que o cérebro é responsável por interpretar todos os estímulos físicos, psicológicos e sociais. E quando se associam as palavras yoga e sexo, logo se pensa na flexibilidade e na experimentação...”, abordou o instrutor de yoga, Igor Fonseca, em seu artigo nesta edição. 

Para o ginecologista Márcio Lamblet, nunca a área genital feminina recebeu tanta atenção. O aumento da expectativa de vida, o empoderamento feminino, a liberdade sexual, entre outras conquistas, expôs mais a área genital e a sua aparência, levando à busca pelo rejuvenescimento e sensação de bem estar. 

“A harmonização da região genital pode ajudar a mulher a recuperar a autoestima e o prazer nas relações sexuais. Cabe ressaltar que algumas alterações são da idade, ou anatômicas, e outras por efeitos de hábitos. Mas há como resolver cada situação”, ressaltou o cirurgião em entrevista para esta edição, que traz ainda outras abordagens sobre este tema delicado e complexo. Bom fim de semana e boa leitura!

 

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TAGS: caderno z | Mulher