A VOZ DA SERRA é o amor pelo que faz!

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 21 de junho de 2022

Por mais que os dias outonais fiquem menores e o frio nos congele as articulações, há eventos na transposição outono/inverno que não podemos deixar de apreciar. E um acontecimento imperdível é a floração das cerejeiras. O Caderno Z do último fim de semana é todo encanto para nos apresentar o tema, com destaque ao Hanami, que consiste na prática japonesa da contemplação do florescer das cerejeiras. "Poemas eram escritos louvando as delicadas flores, vistas como uma metáfora da vida, brilhantes, bonitas, mas efêmeras". Em Nova Friburgo, onde quer que se esteja, há sempre uma floração em evidência e os imigrantes japoneses foram os precursores do plantio das mudas.

No Japão, com a florada antecipada das cerejeiras, há uma pesquisa, pois, o período de brotação se adiantou em 11 dias e, de acordo com os cientistas, "o aumento das temperaturas, associado ao florescimento antecipado, está associado  à urbanização, com o efeito da "ilha de calor urbano" e "às mudanças climáticas, com a tendência  de aquecimento da temperatura média do planeta". Entre a história do primeiro romance literário do mundo, "O Conto de Genji" e o cultivo das cerejeiras, a trajetória milenar, está alicerçada no amor. Com o "Poema Singular", no esplendor, sutil, das cerejeiras, tenho a honra de ter sido incluída neste "Z". Confesso que tentei expressar que essa invasão, rosada, sem fronteiras contém muito amor, porque é um presente vindo do Japão.

E teve mais amor com Wanderson Nogueira, em Palavreando: "É tudo sobre amor... O temor e a coragem. O dar a cara à tapa e o sangrar no silêncio das madrugadas não dormidas. Os mapas decifrados, as palavras não desvendadas. É sobre amor esse escrito e todos os outros. É sobre amor, a flor da cerejeira que despenca do galho alto para rebentar no chão. E todas as sementes espalhadas pelo vento, tudo o que alimenta...”. Que lindo!  É o amor que nos faz festejar os santos juninos e realizar a festa do padroeiro de Nova Friburgo, São João Batista, louvando o seu dia, 24 de junho.

É esse amor que nos acompanha em cada viagem, nos mares e marés de A VOZ DA SERRA. Maré alta, maré baixa, sempre há tempo bom para pescar o roteiro das "Surpresas de Viagem", pois, a nossa Voz navega em ondas longas na amplidão de sua competência. Na edição do último fim de semana encontrei, prazerosamente, a minha amiga Paula Farsoun. Sua veia literária perguntou: "Como começar um texto?". E ela respondeu: "Às vezes é muito simples, outras nem tanto. Depende do pensamento que te inspira a compilar esse emaranhado de ideias em algumas palavras...". Tudo é amor!

É o amor que conduz Izabel Cristina, agora de idade nova, sempre gentil na recepção do jornal. É o amor que ilumina Eduardo Arp Coimbra a conduzir tão bem o seu trabalho no Espaço Arp. Parabéns pelo aniversário na última terça-feira, 14. É o amor que motivou o coronel Robadey a escrever o livro “#Coragem” com episódios marcantes de sua carreira de bombeiro militar. O livro será lançado nesta quarta-feira, 22, na Biblioteca Municipal, a partir das 18h. É o amor que impulsiona a Oficina Escola de Artes de Nova Friburgo a promover a cultura, transmitindo o saber das artes e desenvolvendo talentos. É o amor que anima os artesãos de nossa cidade a produzirem suas obras, na esperança de voltarem ao Pavilhão das Artes, agora chamado Casa do Artesão. É o amor que providencia as mensagens e o toque, humanamente lindo, das charges de Silvério!

É o amor que nos dá suporte para entender que o inverno começou oficialmente no início da manhã desta terça, 21, mas já vem nos congelando há algum tempo com temperaturas baixas. Contudo, ele é o arauto da primavera! É sempre o amor a substância alquímica que não deixa os profissionais da saúde desistirem de seus propósitos, insistindo na vacinação do povo, mesmo na iminência de o Ministério da Saúde perder milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. É o amor que inspira o coração dos fiéis a prepararem os tapetes de sal para a procissão de Corpus Christi, na mais perfeita tradução do simbolismo divino, como o ocorrido na última quinta-feira, 16. Cada obra se faz o tapete mágico da comunhão com o Ser Total, pleno de amor, O Cristo em nós!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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