Devolução de mercadorias

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna às terças e quintas.

quarta-feira, 01 de abril de 2020

Devolução de mercadorias
A indústria friburguense e as confecções de médio e grande porte se deparam com um novo problema. Além dos estoques de seus galpões, cujas encomendas estavam prontas para serem despachadas, muitos compradores iniciaram o processo de devolução de produtos. Estão mandando de volta o que compraram. Em alguns casos, preferem pagar o fretamento da devolução do que ficar com a mercadoria.

Pagamento da folha
A grande maioria com produções paradas, observando as medidas de restrição e seguindo conselhos da Organização Mundial de Saúde, demonstram preocupação em quitar as folhas de pagamento deste e dos próximos meses.

Emprego como prioridade
Reuniões virtuais entre os maiores empresários demonstram preocupação com a recessão que já vem se acumulando desde 2014. O que se sente é um grau de responsabilidade social em evitar ao máximo as demissões. O problema é que entre a intenção e a realidade há um grande abismo.

Sem caixa
Poucas, para não dizer raras, têm reservas para segurar a situação que se avizinha por mais de um mês. Com a projeção de retomada lenta de produção e venda, a situação se agrava. Consenso é que se torna primordial pacotes governamentais de incentivo e de financiamentos para evitar o colapso social do desemprego em larga escala.

Falta de condições
O problema maior é a demora de se tomar decisões. Entre o anúncio e a efetivação das medidas há um tempo considerado crítico. A burocracia é outra dificultadora. Ou seja, de nada adiantam as medidas aventadas, se não mudar ou afrouxar regras que praticamente inviabilizam a habilitação para se chegar aos supostos recursos.

Corrida contra o tempo
O mesmo ocorre com as medidas de socorro a autônomos, trabalhadores informais, desempregados e microempreendedores individuais. Até o socorro chegar na ponta, grife-se - no bolso das famílias – lá se vai quase um mês. Será que todos tem essa possibilidade de espera?                     

Gasolina mais barata
Motoristas já percebem a grande queda no preço dos combustíveis nos postos de Nova Friburgo. Na maioria, o litro da gasolina está R$ 0,30 mais barato em comparação com duas semanas antes das restrições de circulação por conta do Covid-19.

Por que?
Dois fatores podem explicar o menor preço de meses: a queda no preço do barril de petróleo por conta da guerra comercial entre países asiáticos e do leste europeu e a baixa procura por conta da pandemia. Numa rápida pesquisa, o preço mais baixo que encontrei foi de R$ 4,19 a gasolina/litro e o mais alto R$ 4,99.

Grande queda
Antes da pandemia, não se encontrava em Nova Friburgo gasolina mais barata que R$ 4,69. Resta saber se os preços se manterão após a o retorno parcial das atividades. Se for pela guerra comercial internacional - deveriam. Se for pela pandemia tendem a aumentar. Mas mesmo assim, na conjunção dos fatores, uma queda deveria se manter.

Quando?
O retorno normal das atividades é discussão diária. A maioria dos especialistas em saúde, especificamente no Estado do Rio falam em pelo menos oito semanas. Dada a especificidade da situação do interior fluminense, hoje parcialmente isolado territorialmente da região metropolitana. Colhi a opinião do pneumologista Renato Abi-Râmia. Mesmo com menor número de casos e o isolamento sanitário, ele acredita também nesse prazo com o início de uma transição do isolamento total para o parcial.

Palavreando
“Se nós prestássemos mais atenção nos nossos poderes. Nós temos muitos poderes. O sorriso é um deles. É um poder magnífico que produz milagres. Preste atenção! Não existem milagres grandes ou pequenos. Milagre é milagre sempre”.

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    Frases de incentivo nas portas fechadas de lojas da Ariosto Bento de Mello. A empatia como remédio

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