Um fortuito aperto de mãos entre a literatura e a medicina

Tereza Cristina Malcher Campitelli

Momentos Literários

Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Como a literatura é eclética! Imagino que o escritor seja como um colhedor de flores que seleciona e reúne plantas de vários espécimes para fazer arranjos e compor os ambientes em que vivemos, melhorando nossos modos de ser e de viver. Como toda arte, a literatura tem a perspicácia dos caçadores de esmeralda. Como toda a ciência, a medicina tem o espírito investigativo de Sherlock Holmes, que tudo precisa saber para resolver, além de ter nas mãos a divindade do tratamento e da cura. A literatura e a medicina são dois prismas da atividade humana que carregam a nobreza dos deuses do Olimpo.

Esta coluna foi inspirada pela vasta obra de Augusto Cury. Além de ser médico psiquiatra, com doutorado em Psicologia Multifocal pela Flórida Christian University, é professor, conferencista, pesquisador e escritor, um dos mais vendidos autores no mundo sobre a inteligência humana. Ao transitar com desenvoltura entre o romance e a autoajuda, ele aproxima estes gêneros literários com a finalidade de exaltar o funcionamento da mente humana e estabelecer relações entre o uso das suas capacidades e as formas de viver. Em sua obra, ele descreve o funcionamento da mente nos livros de autoajuda, como no Código da Inteligência, e mostra nos romances a experiência existencial, como Prisioneiros da Mente. O que, a meu ver, pode ser interessante ao leitor de seus livros, que tem a possibilidade de conhecer e visualizar os pressupostos por ele apresentados em perspectivas diferentes.

Muito me preocupa a literatura de autoajuda sem o respaldo da ciência, construída a partir da visão empírica, que se baseia na experiência pessoal. Fundamentada no rigor dos estudos científicos, a obra de Augusto Cury merece nosso respeito. 

 O mundo civilizado foi construído pela inteligência do homem. As realizações ou feitos foram consequência do modo como as capacidades intelectuais foram usadas ao longo da história. Em todos os momentos houve discrepâncias e dualidade de sentidos, a vida civilizada não seguiu de modo linear em direção à preservação da vida e ao respeito à individualidade. Infelizmente. 

O que tinham de especial os homens que contribuíram para o aperfeiçoamento das condições de vida como Leonardo Da Vinci, Sabin e Sócrates? Seria curiosidade, amor à vida, capacidade de pesquisar e discernir? Fizeram autópsia no cérebro de Einstein e não encontraram diferenças com os cde outras pessoas. 

Nas profundezas do quotidiano de cada um, a inteligência é fator preponderante para a conquista da qualidade de vida, especialmente das relações interpessoais. Tenho certeza de que para conquistá-la é bom compreendermos melhor como configuramos nossa mente a cada instante do dia e de que forma usamos as capacidades que possuímos.

 

Alguns livros de Augusto Cury:

. Pais Brilhantes e Professores Fascinantes;

. Nunca Desista dos Seus Sonhos;

. Você é Insubstituível;

. O Futuro da Humanidade:

. O Código da Inteligência;

Publicidade
TAGS:

Tereza Cristina Malcher Campitelli

Momentos Literários

Tereza Malcher é mestre em educação pela PUC-Rio, escritora de livros infantojuvenis e ganhadora, em 2014, do Prêmio OFF Flip de Literatura.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.