Mudanças que, infelizmente, vieram para ficar

Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

quarta-feira, 13 de julho de 2022

É impressionante como um empreendimento pode mudar tanto as coisas num bairro, para pior e muitas vezes ameaçando a segurança das pessoas. Me refiro especificamente ao Condomínio César Guinle, um mastodonte plantado próximo ao Grupo de Promoção Humana (GPH). Mudanças foram feitas no trânsito local, mas, como sempre, sem um planejamento consciente da Autran, que agora mudou de nome e atende pelo nome de SMOMU (Secretaria Municipal de Ordem e Mobilidade Urbana). Essas mudanças foram feitas para atender o empreendimento.

Vamos dar nomes aos bois. Acabaram com a mão dupla da Rua Presidente Kennedy que passou a ser mão única em direção à Via Expressa, em consequência a paralela, Rua Conde Beviláqua passou ser mão única, em sentido oposto. Só que as placas sinalizadoras não são a de contramão e sim a seta de mão única. Que botassem as duas, mas, constantemente, tem carros na contramão, o que ameaça a segurança de todos. Além disso, na esquina entre as duas, fizeram uma modificação na calçada e, pasmem, o poste de iluminação ficou um palmo sobre a pista de rolamento da Rua José da Silva Silveira. E lá se vão dois anos que essa aberração perdura, sem que nem a Prefeitura, nem a Energisa tomem uma providência. Talvez, a desculpa seja de que a nova calçada ficou mais estreita para comportar um poste; não seria o caso de aumentar a calçada e sanar essa aberração?

Isso sem falar no problema que foi criado naquele entroncamento. Ali existem três ruas, a Marechal Rondon que dá acesso ao armazém do Froté e ao Sítio São Luís, a Rua João XXIII que é paralela a ela e que formam duas esquinas com a Rua José da Silva Silveira. Na Marechal Rondon existia anteriormente uma placa de PARE, que foi retirada. No entanto, com o gradeamento do novo condomínio, fica difícil a visualização dos carros que estão a seguir em frente, ou dobrar à esquerda, na José da Silva. Aí alguém da autarquia insatisfeito com a placa PARE, resolveu trocar pela de Via Preferencial, aquela do triangulo vermelho, de ponta para baixo e com interior branco que, infelizmente, muitos motoristas ignoram seu significado. Mas, o pior estava por vir, outro funcionário pensou, placa para que placa? E, simplesmente, a retirou. Talvez precisasse dela em outra rua. Conclusão, a circulação naquele trecho ficou um perigo, com freadas bruscas, xingamentos e riscos de colisão. O mesmo se dá com os carros que saem da João XXIII em direção à José Silva, pois ali a visão também é encoberta e o risco de colisão importante. Felizmente, como é uma via de circulação baixa, esse risco diminui bastante. Mas, existe.

Para piorar, sem as placas de contramão na Presidente Kennedy e na Conde Beviláqua com frequência tem carro no sentido contrário ao do atual, com riscos de colisão. Recentemente, uma obra da Águas de Nova Friburgo interditou a Conde Beviláqua e simplesmente direcionaram o trânsito todo para a Kennedy, onde deveria ter sido colocada uma placa de duplo sentido, aquela das duas setas em sentido contrário. Não creio que a autarquia de trânsito da cidade tenha sido alertada para esse fato e, se o foi, não tomou as providências cabíveis, que são da sua responsabilidade. O motorista que faça as suas deduções.

Acho que é mais do que hora de uma profissionalização das autoridades responsáveis pela circulação do material rodante na cidade, pois com o crescimento acelerado de Nova Friburgo, nosso trânsito está cada vez pior. Nossas vias são as mesmas de 40 anos atrás, única exceção foi a abertura da Via Expressa, e a quantidade de veículos triplicou se não quadruplicou. Não vai demorar muito e teremos um nó no trânsito de nossa cidade.

Para terminar, a pergunta que não quer calar, qual é a área de proteção ambiental do Cond. César Guinle, que toda obra desse porte tem de apresentar?

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